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    Mesmo após acidente com Prigozhin, Rússia deverá continuar a contar com apoio do Grupo Wagner na África

    Destino do grupo é incerto após seu líder Prigozhin ser dado como morto, segundo analistas

    Beatriz Gabrieleda CNN* , Em São Paulo

    Um dia antes da queda do avião que levava o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, um oficial russo visitou a Líbia e tranquilizou aliados sobre a permanência do grupo no país.

    O vice-ministro da Defesa russo, Yunus Bek-Yevkurov disse ao comandante do leste da Líbia, Khalifa Haftar, que as forças do grupo se voltariam a um novo comando, segundo uma autoridade que teve conhecimento da reunião.

    Vídeo: Waack explica o que pode ter derrubado o avião com Prigozhin

    A visita de ministro Yevkurov sugere que a presença russa na Líbia pode se aprofundar e se expandir, segundo um investigador no Royal United Services Institute.

    A Rússia não possui papel militar na Líbia, estando impossibilitada de se envolver em questões do país. Neste caso, intervenções teriam que ser feitas por meio do Grupo Wagner, que atua por lá desde 2019.

    O destino do grupo é incerto após seu líder Prigozhin ser dado como morto, segundo analistas. Porém, essa reunião demostra um sinal de que Moscou não planeja abandonar a rede que o grupo mercenário construiu em vários países.

    O Grupo Wagner participou da guerra da Ucrânia e em outras guerras civis, insurgências na Síria, na Líbia, na República Centro-Africana e no Mali. Putin já havia encerrado as operações da rede mercenária na Síria.

    Na África, em locais onde Moscou não tem presença formal ou legal, a rede torna-se um instrumento da política externa do Kremlin. Em junho, o líder reforçou a presença na África em um vídeo: “O Grupo Wagner torna a Rússia ainda maior em todos os continentes, e a África, mais livre.”

    Nos países onde o Wagner opera por meio de acordo oficial com Moscou espera-se que pouca coisa mude neste momento.

    Com informações da Reuters

    * Sob supervisão de Fábio Munhoz

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