Atuação de Bolsonaro contra o coronavírus é aprovada por 35%, diz Datafolha
Pesquisa mostra também que 54% aprovam o desempenho dos governadores e 55% consideram ótima ou boa a condução do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta
A atuação do presidente Jair Bolsonaro na crise provocada pela pandemia do novo coronavírus é aprovada por 35% e rejeitada por 33%, de acordo com pesquisa do Datafolha divulgada nesta segunda-feira (23). O levantamento apontou, ainda, que os governadores têm uma melhor avaliação que o presidente pela forma como lidam com a epidemia.
De acordo com o Datafolha, 26% dos entrevistados avaliam como regular o desempenho de Bolsonaro, que tem afirmado que há um exagero no temor com a pandemia e criticado medidas restritivas adotadas por governadores. O instituto apontou que 54% dos entrevistados aprovam o desempenho dos chefes de governo estaduais na crise.
A pesquisa mostrou ainda que ministério da Saúde, comandado por Luiz Henrique Mandetta, também tem melhor avaliação que Bolsonaro no combate à epidemia de COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus. Para 55% dos entrevistados, a atuação do ministério é ótima ou boa, ao passo que 31% a consideram regular e 31%, ruim ou péssima.
Além disso, 20% consideram que Bolsonaro sempre se comporta de forma adequada em relação ao coronavírus, 27% entendem que isso ocorre na maioria das vezes, 20% avaliam que isso ocorre algumas vezes e para 26% ele nunca se comporta de forma adequada na crise.
O presidente tem afirmado que há uma “histeria” e um exagero nas preocupações com a doença que já matou 25 pessoas no Brasil e tem 1.546 casos confirmados no país, segundo balanço de domingo.
Nesta segunda-feira (20), o presidente afirmou que “o pânico é uma doença pior do que o vírus” e defendeu a Medida Provisória 927/2020, que flexibiliza regras trabalhistas, com a justificativa de reduzir impactos econômicos do novo coronavírus.
No sábado, em entrevista exclusiva à CNN, Bolsonaro disse que os governadores que decretaram quarentena estão extrapolando [suas atribuições] e estão dando uma “dose excessiva do remédio e que o remédio em excesso se torna um veneno”.
Para a pesquisa o Datafolha ouviu 1.558 pessoas por telefone, por causa da pandemia de coronavírus, entre quarta (18) e sexta-feira (20). A margem de erro é de 3 pontos percentuais. (Com informações da Reuters)