Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Planalto busca aproximação com Renan e Braga para conter oposição na CPI

    Caio Junqueirada CNN

    O Palácio do Planalto busca uma aproximação com os senadores Renan Calheiros e Eduardo Braga. O movimento tem até agora como intermediários os líderes do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, e no Congresso, Eduardo Gomes, que são correligionários de Renan e Braga. Mas não está descartada uma conversa do próprio presidente e dos ministros da articulação política com ambos nos próximos dias.

    Por enquanto, a operação em curso é tocada por Bezerra e Gomes. Eles operam para tentar evitar que ambos não componham um grupo majoritário que a oposição ao presidente Jair Bolsonaro na CPI tenta montar, chamado nos bastidores de G-7. Ele teria como integrantes, além de Renan e Braga, Tasso Jereissati, Humberto Costa, Randolfe Rodrigues, Otto Alencar e Omar Aziz.
    A primeira estratégia é atuar de forma a influenciar nos postos-chave da CPI sem abrir um confronto aberto com nenhum dos dois. Para tanto, Bezerra e Gomes têm buscado uma solução que forme um consenso.

    O governo tem colocado na mesa mais pontos de convergência do que de divergência que têm com os dois. Braga, por exemplo, esteve no Planalto recentemente, Bolsonaro não entrou com força nas eleições municipais de Manaus em 2020 e o governo tem acenado nessa mesma linha na eleição para governador do Amazonas em 2022, da qual Braga pretende se candidatar. E o Amazonas é um dos estados em que Bolsonaro tem melhor aprovação.

    Senadores Renan Calheiros e Eduardo Braga
    Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL, à esquerda na foto) e Eduardo Braga (MDB-AM) (2.out.2019)
    Foto: Pedro França/Agência Senado

     

    Renan Calheiros, por sua vez tem um filho, Renan Filho, que governa um estado que é altamente dependente de recursos federais e que tem boas relações com o governo federal. E interlocutores do presidente tem dito que ele tem mantido cordialidade com o Planalto, a despeito do entusiasmo com a candidatura do ex-presidente Lula em 2022.

    Há ainda dois componentes que tem sido lembrado: as redes sociais bolsonaristas deverão atuar na CPI e o próprio presidente é alguém que sabe atuar no confronto. Que por enquanto, como se trata de uma CPI imprevisível, ele se resguarda no embate com congressistas.