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    Ex-deputada Cristiane Brasil se entrega à polícia no Rio

    Cristiane Brasil era um dos alvos da Operação Catarata, que apura desvios em contratos públicos na área de serviço social

    Da CNN, em São Paulo

    A ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) se entregou à Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (11), em resposta ao mandado de prisão expedido contra ela. Ela se apresentou na sede da secretaria, no centro da capital fluminense.

    Cristiane Brasil era um dos alvos da Operação Catarata, que apura desvios em contratos públicos na área de serviço social. Ela é filha do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB.

    A Operação Catarata prendeu também o secretário de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes (PSC).

    Em 2018, ela chegou a ser nomeada pelo então presidente Michel Temer (MDB) para ser ministra do Trabalho, por indicação do pai e do partido. A nomeação foi suspensa pela Justiça e o PTB acabou retirando a sugestão do nome para o presidente.

    Acusações

    A ex-deputada Cristiane Brasil é tratada pela juíza Ana Helena Mota Lima Vale, que aceitou a denúncia da Operação Catarata II, como “Fada Madrinha” da Servlog, empresa apontada como foco de contratos de serviços sociais fraudulentos firmados com a prefeitura do Rio. Ela ainda não foi presa, mas prometeu se entregar.

    Segundo o Ministério Público, a organização criminosa surgiu em 2013, quando Cristiane era secretária municipal de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, na gestão do então prefeito Eduardo Paes (DEM).

    Foram investigados contratos com a empresa Servlog de Flávio Chadud, empresário preso na operação desta sexta-feira (11). O MP-RJ explicou que todo o processo contratual era fraudado, a exemplo da licitação sempre vencida pela empresa de Chadud.

    Mesmo após deixar o cargo, ela manteve influência política na secretaria e na empresa. Há Indícios de pagamento de propina ainda em 2019 na sede da Servilog, segundo o MP, o que motivou o pedido de prisão. Há indícios do recebimento de R$ 74 mil como propina e outros pagamentos com valores menores, na faixa de R$ 10 mil, para não chamar atenção das autoridades financeiras.

    Ao todo, a operação investigou contratos que somam R$ 117 milhões e que tinham até 25% de valores destinados a pagamento de vantagens indevidas.

    Cristiane Brasil, em nota, acusa relação entre a investigação e a sua pré-candidatura a prefeita do Rio de Janeiro nas eleições de 2020.

    Por nota, a acusada questionou a denúncia. “Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram. Mas aparecem agora que sou pré-candidata à prefeitura numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai”, disse. 

    (Com informações de Isabelle Resende, da CNN, no Rio de Janeiro)