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    Empresários procuraram MP para delatar esquema de propina na prefeitura do Rio

    Foram homologadas 3 delações, envolvendo 4 investigados que se comprometeram a apresentar provas dos crimes praticados pelo 'QG da propina' na prefeitura

    Em delação homologada pelo MP-RJ, quatro investigados se comprometeram a apresentar prova dos crimes cometidos na prefeitura do Rio de Janeiro
    Em delação homologada pelo MP-RJ, quatro investigados se comprometeram a apresentar prova dos crimes cometidos na prefeitura do Rio de Janeiro Foto: Fernando Frazão - 8.out.2019/Agência Brasil

    Elis Barreto*, da CNN, no Rio de Janeiro

    Após o desdobramento em setembro da Operação Hades, que investiga um suposto “QG da propina” na prefeitura do Rio de Janeiro, quatro investigados na ação procuraram o Ministério Público do Rio de Janeiro voluntariamente para fazer acordo de delação premiada. 

    De acordo com o MP-RJ, os investigados se comprometeram a apresentar provas de que os crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa eram cometidos na prefeitura do Rio.

    Três delações foram homologadas pelo Ministério Público: a do empresário João Alberto, dono de empresas que tinham contrato com a prefeitura; a de dois executivos do grupo Assim Saúde; e a do empresário Ricardo Siqueira, ligado ao também empresário Arthur Soares, o “Rei Arthur”. 

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    De acordo com o MP-RJ, a “troca de vantagens e o recebimento de propinas” por parte dos membros do citado grupo criminoso “se estendeu pelas mais variadas pastas, atingindo cifras milionárias”. 

    Juntos, os colaboradores do grupo Assim Saúde, o doleiro Sérgio Mizrahy e o empresário João Alberto se comprometeram a devolver aos cofres públicos a quantia de R$ 67.250.000,00. Segundo o MP-RJ, esse valor seria referente somente aos pagamentos de propinas feitos por esses colaboradores à prefeitura do Rio.

    A primeira fase da Operação Hades foi deflagrada em março deste ano, e surgiu da delação do doleiro Sérgio Mizrahy, preso pela Operação Câmbio, Desligo. Em sua delação, o doleiro chamou um escritório da prefeitura do Rio de “QG da Propina”. No entanto, na ocasião, o doleiro não soube dizer se o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) tinha envolvimento com o esquema e se sabia da existência da estrutura.

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    Em nota, o Grupo Assim afirmou “que não é réu no processo relacionado às denúncias de irregularidades na relação com a prefeitura do Rio de Janeiro. Os executivos denunciados e envolvidos na ação estão prestando todos os esclarecimentos necessários e solicitados pelo Ministério Público e pela Justiça”. 

    (*sob supervisão de Maria Mazzei)