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    Para criminalista, Wassef não é obrigado a avisar Flávio Bolsonaro sobre Queiroz

    Gustavo Badaró avaliou impacto da prisão do ex-assessor em investigação sobre rachadinhas

     

    Em entrevista à CNN, o advogado Gustavo Badaró, professor de Direito Penal na Universidade de São Paulo (USP), analisou os impactos da prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, nas investigações sobre um suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

    O especialista disse ainda que, por mais que a presença de Queiroz no imóvel do advogado cause ‘desconforto moral’, “não há nenhum ilícito do advogado ao não levar essa informação ao cliente, Flávio Bolsonaro”.

    “Essa não era, propriamente uma questão dos autos da investigação que o cliente dele estava subordinado. Portanto não é uma informação que ele necessariamente teria que compartilhar com o cliente. Não há nenhum ilícito do advogado ao não levar essa informação ao cliente neste caso”, disse.

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    “A proteção do sigilo profissional é fundamental na advocacia, mas ele existe entre Wassef e Flávio Bolsonaro. Ele nunca foi, que eu me lembre, advogado de Fabrício Queiroz. Portanto, qualquer questão que, eventualmente, ele tenha tratato com o ex-PM ela não está protegida pelo sigilo profissional por eles não terem trabalhado juntos”, acrescentou ele.

    Sobre a possibilidade de Queiroz realizar uma delação premiada, o criminalista descartou a possibilidade, uma vez que, o investigado se declara inocente. “Delação premiada sempre pode ser oferecida para qualquer pessoa, investigada ou não. Obviamente que se há alguma comprovação de crime, Queiroz pode ser uma peça chave na investigação e, portanto, pode optar por delação premiada. Entretanto, depende da vontade dele para que possa colaborar. Até hoje nega a prática de qualquer crime, portanto não haveria possibilidade de ter delação para quem se declara inocente”, concluiu Badaró

    (Edição: Leonardo Lellis)

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