Tácio Muzzi é escolhido como o novo superintendente da PF no Rio de Janeiro
Delegado da PF, escolhido pelo novo diretor-geral para a chefia regional, já ocupou a função interinamente e tem histórico de atuação no combate à corrupção
O novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Rolando Alexandre de Souza, escolheu o delegado Tácio Muzzi como novo superintendente da organização no Rio de Janeiro. A assessoria de imprensa da Polícia Federal do RJ informa que a nomeação ainda não foi conformada oficialmente.
O nome de Muzzi, que substituirá Carlos Henrique Oliveira – promovido a número dois da PF – não aparecia na lista de cotados para assumir a chefia regional da PF.
Ele já havia ocupado a função de forma interina no ano passado depois da crise, em agosto, motivada pelo desejo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de trocar a chefia da superintendência – na época, ocupada por Ricardo Saadi.
Delegado da PF desde 2003, Muzzi coordenou e comandou diversas operações especiais de repressão a corrupção, crimes financeiros, lavagem de dinheiro e crime organizado.
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Na instituição, foi chefe da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da Superintendência da PF no RJ e coordenador do grupo de trabalho da Operação Lava Jato no estado.
Por sua atuação na PF do Rio recebeu, em 2017, o Diploma de mérito do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), honraria anual dedicada a personalidades e/ou instituições que tenham se destacado na área de prevenção e combate à lavagem de dinheiro ou ao financiamento do terrorismo.
Neste mesmo ano, ainda na gestão de Michel Temer, foi nomeado para ocupar o cargo de diretor-adjunto do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional.
Em 2018, passou para a função de diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional – ambos órgãos fazem parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Bacharel em direito, tem mestrado e doutorado – este último, concluído em 2015 na Universidade Federal de Minas Gerais, teve foco em direito empresarial. É professor da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro e da Academia Nacional de Polícia.
No início de sua carreira no funcionalismo público, foi procurador do Banco Central do Brasil de 2000 a 2003, quando atuou na área de consultoria de direito bancário e de dívida pública.