Fux sinalizou que não pautaria reeleição antes de Gilmar marcar plenário virtual
Gilmar marcou o julgamento do processo no plenário virtual para 4 de dezembro; ação pode permitir reeleição de Maia e Alcolumbre nas Mesas Diretoras
Relator da ação que questiona a possibilidade de reeleição para as presidências da Câmara e do Senado, o ministro Gilmar Mendes decidiu submeter o caso ao plenário virtual do Supremo Tribunal Federal após o presidente da corte, Luiz Fux, sinalizar que não pautaria o processo no plenário convencional.
Pessoas próximas a Fux disseram à CNN que ele deu essa indicação a colegas ministros nos bastidores. Também ressaltam que o ministro sinalizou publicamente em discursos recentes, quando criticou a judicialização da política e disse que o Congresso “precisa resolver seus problemas”.
Segundo apurou a CNN, a indicação de Fux de que não pautaria a ação no plenário convencional também chegou a auxiliares do presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto e a aliados dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, no DEM, partidos de ambos.
No DEM, a aposta hoje é de que Alcolumbre tem mais chances que Maia de conseguir maioria no plenário do STF para abrir caminho para sua reeleição. O presidente do Senado argumenta que sua situação é diferente, porque o mandato na Casa é de oito anos, enquanto na Câmara, de quatro anos.
Gilmar marcou o julgamento do processo no plenário virtual para 4 de dezembro. Os ministros da corte terão até 11 de dezembro para apresentar seus votos. As próximas eleições para presidentes da Câmara e do Senado estão marcadas para o dia 1º de fevereiro de 2021.