Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Vereadora Monica Benicio registra queixa-crime após receber e-mail com proposta de “estupro corretivo”

    Viúva de Marielle Franco entregou documento na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), nesta terça (22), e cobrou da Polícia Civil uma investigação sobre o caso

    Cleber RodriguesDuda Lopesda CNN , no Rio de Janeiro e São Paulo

    A vereadora Monica Benicio (PSOL) registrou uma queixa-crime, nesta terça-feira (22), no Rio de Janeiro, após receber um e-mail contendo uma proposta de um “estupro corretivo” para “tratar” sua orientação sexual. A parlamentar é assumidamente homossexual.

    De acordo com o documento entregue à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), a mensagem foi enviada no dia 14 de agosto para o e-mail utilizado pela parlamentar para comunicações relativas à sua atuação no legislativo municipal.

    Na mensagem que a CNN teve acesso, a pessoa se identifica como doutor em psicologia pela Universidade de Harvard, sugere o “estupro corretivo” e chama o homossexualismo de aberração.

    O texto também diz que a pessoa já teria o endereço da vereadora e que poderia fazer uma “demonstração sem compromisso”.

    “É importante que a gente demande sempre que ser lésbica não é uma doença e o estupro corretivo é crime. Então o conteúdo do e-mail descrevia inclusive como seria feito o estupro corretivo, algo muito violento não só para uma mulher lésbica, mas para as mulheres como um todo na nossa sociedade”, afirma Monica Benicio.

    A vereadora foi eleita em 2020, pelo Psol, quando recebeu quase 23 mil votos, sendo a 11ª parlamentar mais votada do Rio.

    Veja também: Ex-namorado diz que matou médica encontrada em mala “por ciúmes”

    Monica Benicio é viúva de Marielle Franco e, desde 2018, faz parte do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos após receber ameaças durante as investigações sobre as mortes de Marielle e Anderson Gomes.

    “Todas as providências jurídicas que são cabíveis a gente tá tomando, a delegada foi muito atenciosa, se comprometeu em dar uma atenção para o caso para que a gente consiga dar identificação e outros tratamentos para que isso não possa se repetir”, desabafou a parlamentar.

    A CNN solicitou posicionamento da Polícia Civil, que, em nota, afirmou que a “investigação está em andamento na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Os agentes realizam diligências para apurar os fatos”.

    Tópicos