Advogado deixa defesa de Michelle Bolsonaro no caso das joias
No domingo, a CNN antecipou que os advogados responsáveis pela defesa de Jair Bolsonaro (PL) também assumiriam o caso da ex-primeira-dama
O advogado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no caso das joias sauditas, Daniel Bialski, divulgou nota à imprensa e oficializou sua saída do caso nesta terça-feira (22). Segundo Bialski, a saída é “de comum acordo”.
“Informo que de comum acordo com os interesses da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, deixarei de patrocinar sua defesa […], justamente porque os advogados que atualmente representam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderão e a representarão habilmente, daqui por diante, neste caso”, declarou na nota.
O novo advogado da ex-primeira-dama é Paulo da Cunha Bueno, conforme adiantado pela analista Basília Rodrigues, da CNN, no domingo (20).
A entrada de Cunha Bueno no processo nos atos que correspondem a Michelle ocorre diante do agravamento das acusações, com possibilidade de confissão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.
Na quinta-feira (17), dia em que se tornou pública a disposição de Mauro Cid de confessar, o advogado de Bolsonaro e Michelle ligou para o advogado de Cid, o criminalista Cézar Bitencourt. Ele afirma, no entanto, que a ligação ocorreu antes da divulgação pela revista “Veja” de que poderia ser feita uma confissão.
Cunha Bueno atua na advocacia criminal especializada. Em março, quando assumiu inicialmente a defesa de Bolsonaro, foi ele quem divulgou que os conjuntos de joias recebidos como presente da Arábia Saudita seriam devolvidos ao Tribunal de Contas da União (TCU).