Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Doria anuncia que Instituto Butantan vai produzir vacina contra a Covid-19

    O governador afirmou que esta vacina “é uma das que está em estágio mais avançado em todo o mundo” e prometeu mais detalhes do acordo em entrevista coletiva

    Marcela Rahal e Murillo Ferrari, , da CNN, em São Paulo

    O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, na manhã desta quinta-feira (11), que o Instituto Butantan vai produzir uma vacina contra o novo coronavírus, em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech.

    “Hoje, daqui a pouco, às 12h30, um anúncio histórico: o acordo feito pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês e a terceira fase de testes, que é a última fase, para a vacina contra o coronavírus”, afirmou o governador, ao lado de Dimas Covas, diretor do Instituto, em vídeo divulgado em sua conta no Twitter.

    Ele se referia à coletiva diária que seu governo tem feito desde o início da pandemia de Covid-19 para atualizar a situação da doença e as ações da administração estadual. Nessa entrevista, Doria informou que a vacina estará disponível até junho de 2021.

    “A vacina do Instituto Butantan é das mais avançadas contra o coronavírus e os estudos indicam que ela estará disponível no primeiro semestre de 2021, ou seja, até junho do próximo ano. E com essas vacinas nós podermos imunizar milhões de brasileiros”, disse o político tucano.

    Parceria chinesa

    Em nota divulgada nesta quinta, o laboratório Sinovac Biotech afirmou que a parceria com o Instituto Butantan é o primeiro de uma série de acordos que devem ser concluídos entre as partes para estabelecer uma ampla colaboração que inclui licenciamento de tecnologia, autorização de mercado e comercialização do Coronavac, o nome da vacina criada pelo laboratório.

    “Essa pandemia tem um impacto trágico em todo o mundo e esta aliança distinta com Sinovac para conduzir a última fase dos ensaios clínicos trará esperança de ter uma vacina a curto prazo. O Butantan espera apoiar não apenas o desenvolvimento clínico, mas também as atividades de comercialização e fabricação da Coronavac no Brasil”, afirmou Dimas Covas, na nota divulgada pelo laboratório chinês.

    Leia também:

    Vacina da Covid-19: conheça a situação das maiores pesquisas

    Veja o que já se sabe sobre as vacinas contra o novo coronavírus

    Já o diretor de pesquisa clínica médica do Instituto Butantan, Ricardo Palacios, afirmou que a CoronaVac “é baseada em uma tecnologia conhecida e confiável, adequada para ser incorporada aos programas de imunização em saúde pública existentes no Brasil”.

    “A epidemiologia atual no Brasil e a experiência do Butantan no desenvolvimento clínico complementarão os esforços de Sinovac, permitindo um progresso acelerado em direção ao desenvolvimento de uma imunização segura e eficaz contra a Covid-19.”

    O CEO da Sinovac, Weidong Yin, também elogiou a parceria e se disse orgulhoso de trabalhar com o Instituto Butantan. “A Sinovac poderá aumentar a velocidade sem precedentes do desenvolvimento do Coronavac sem comprometer nossos altos padrões e procedimentos de segurança”, disse.

    Vacina de Oxford

    Nesta semana foi anunciado que dois mil voluntários no Brasil testarão uma vacina em desenvolvimento por cientistas da Universidade de Oxford, que também está na terceira fase de testes.

    O Brasil é o primeiro fora do Reino Unido a participar dos testes, que aqui serão coordenados pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Serão mil voluntários em São Paulo e outros mil no Rio, os dois estados que concentram a maioria dos casos brasileiros de Covid-19.

    O país foi escolhido para participar do teste porque a pandemia ainda está em ascensão por aqui, diferentemente do que ocorre no Reino Unido. O Brasil está em negociações para se tornar um dos produtores mundiais da vacina. A produção brasileira abasteceria toda a América Latina.

    A meta dos pesquisadores é conseguir antes do fim deste ano um registro provisório da vacina e um sinal verde dos órgãos reguladores para seu uso em caráter emergencial.

    Tópicos