‘Lava Jato deixa legado indiscutível de combate à corrupção’, diz ANPR
Estrutura da operação, que deixa de existir no Paraná, precisa ser incorporada ao Gaeco, alerta o presidente da associação, Fábio Nóbrega
A mudança da equipe da Operação Lava Jato no Paraná para o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal (MPF) não deve trazer prejuízos ao combate à corrupção, desde que alguns critérios sejam mantidos. A avaliação é do presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Fábio George Cruz Nóbrega, em entrevista à CNN nesta quarta-feira (3).
“Não importa se há uma mudança de força-tarefa para Gaeco, ambos são modelos de sucesso. Mas há duas características fundamentais que permitiram o funcionamento da Lava Jato com sua abrangência e terão de estar presentes para que, no Gaeco, tenha o mesmo resultado: manter a exclusividade de membros do Ministério Público que atuam apenas nesse caso e uma estrutura adequada para que essa ação possa ter continuidade”, avalia.
Possíveis excessos cometidos devem ser relevados, afirmou o presidente da associação. “Todas as ações de grande complexidade como essa podem resultar em algum equívoco ou ilegalidade; a Justiça está aí para corrigir. A par de eventuais irregularidades, temos que reconhecer que quase todo o sistema de Justiça analisou provas e reconheceu a legalidade dessa atuação”, defendeu.
(Publicado por Daniel Fernandes)