Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Tentando se afastar de novo escândalo da PMDF, Ibaneis diz que irá à CPMI se for convidado

    Comissão tem dito que vai focar nos próximos dias em ouvir envolvidos no escândalo das joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu enquanto estava no mandato

    Larissa RodriguesPedro Nogueirada CNN , em Brasília

    O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), tem dito a interlocutores que, se for convidado para prestar esclarecimentos na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos criminosos do dia 8 de janeiro, irá comparecer.

    A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do governo do DF.

    Veja também: CPMI do 8 de janeiro prepara nova rodada de depoimentos

    A comissão tem dito que vai focar nos próximos dias em ouvir envolvidos no escândalo das joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu enquanto estava no mandato, como também, nos alvos da Operação Incúria, que prendeu sete integrantes e ex-integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na última sexta (18).

    Ibaneis também estaria entre as pessoas que a CPMI quer ouvir devido aos novos escândalos envolvendo a PMDF.

    No entanto, o colegiado tem afirmado haver entendimento jurídico de que governadores não podem ser convocados por comissões parlamentares de inquérito, já que poderia ferir a autonomia dos entes federativos.

    Isso porque, na CPI da Pandemia, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) endossou decisão da ministra Rosa Weber e suspendeu convocações de governadores. Para a Corte, o Congresso Nacional só teria competência fiscalizatória sobre a esfera pública federal.

    Os convites para falar em uma CPI, por outro lado, podem ser feitos a qualquer pessoa, incluindo ministros do STF, por exemplo. Já que um convidado tem a autonomia de decidir se comparece ou não.

    Sabendo disso, Ibaneis Rocha avisou que está disposto a ir ao colegiado enquanto convidado. A decisão faz parte de uma estratégia de defesa do governador de mostrar publicamente que não teria nenhuma relação com as tentativas de golpe de Estado ou sido omisso durante os atentados de 8 de janeiro.

    À época, Ibaneis foi afastado por mais de dois meses do comando do Distrito Federal por decisão STF.

    Fontes disseram à CNN que o emedebista acreditava, antes da última operação da Polícia Federal, que o pior já havia passado e que estava reconstruindo sua carreira polícia. Por isso, ainda de acordo com interlocutores, ele tem demostrado que irá falar sobre seu “papel de estadista” sempre que for convidado.

    Veja também: Relatora pretende convocar Ibaneis para depor à CPMI do 8/1

    Tópicos