Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Aprovação de alunos na educação básica tem alta em ano de pandemia

    Inep divulgou indicadores de rendimento em ano de suspensão das atividades presenciais na maior parte das escolas brasileiras

    Rodrigo Maia, da CNN, em São Paulo

    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apresentou, nesta quarta-feira (2), informações referentes ao movimento dos estudantes do ensino básico em relação a transferências, admissões, abandono, rendimento, aprovações e reprovações em 2020. 

    Os dados, impactados pela interrupção das aulas presenciais por causa da pandemia da Covid-19, revelam um aumento considerável do número de alunos aprovados na rede pública. 

    • Fundamental (1º ao 5º ano): a taxa de aprovação dessa faixa etária subiu de 94,3% (2019), para 98,9% (2020)
    • Fundamental (6º ao 9º ano): taxas aumentaram de 95% (2019) para 99% (2020). Nesta faixa etária, a rede municipal apresentou o maior aumento: de 87% (2019) para 98% (2020)
    • Ensino médio: todas as esferas administrativas tiveram aumento significativo de alunos aprovados, com crescimento de 10%. Nesta faixa etária, as reprovações caíram 7%

    Em nota enviada à CNN, o Inep informou que esses resultados sugerem que os critérios de avaliação nas escolas foram alterados. Porém, o aumento das aprovações em ano de pandemia está alinhado às recomendações do Conselho Nacional de Educação (CNE) e de organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). 

    O instituto informou que as entidades recomendaram uma adequação das redes de ensino a critérios de avaliação que considerem os objetivos de aprendizagem efetivamente cumpridos e minimizar, assim, a retenção e o abandono escolar.

    ‘Contínuo curricular’

    Devido à pandemia e considerando a possibilidade de as escolas não conseguirem cumprir os direitos de aprendizagem, o CNE propôs a adoção do “contínuo curricular”. 

    Segundo o Inep, a proposta é a criação de uma “espécie de ciclo para conciliar anos escolares subsequentes com a devida adequação do currículo. Dessa forma, as escolas teriam dois anos para cumprir os objetivos de aprendizagem”.

    Em relação à volta às aulas, os dados coletados pelo Censo Escolar 2020 sobre infraestrutura de tecnologias de informação e comunicação nas escolas, junto com informações de acesso à internet nos domicílios (Pnad – IBGE), revelam vulnerabilidades na conectividade digital tanto de escolas quanto dos domicílios. 

    Por essa razão, o Inep entende esse cenário e sinaliza que o retorno das aulas presenciais é essencial para superar as dificuldades de comunicação entre as escolas e os alunos. 

    No entanto, para confirmar a volta das atividades presenciais, é essencial que os protocolos de segurança sanitária, incluindo a vacinação dos profissionais de educação, sejam respeitados.