Novos depoimentos podem mudar cenário probatório contra Jairinho, diz advogado
O mestre em direito público pela UERJ André Farah afirmou à CNN que os novos relatos devem deixar ainda mais grave a situação do parlamentar
O mestre em direito público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) André Farah afirmou, em entrevista à CNN neste sábado (17), que as mudanças nos depoimentos de envolvidos no caso da morte do menino Henry Borel podem complicar a situação do vereador carioca Dr. Jairinho (sem partido), que era padrasto do menino e é suspeito de ter participação em sua morte.
Segundo Farah, a situação aponta “para uma mudança no cenário probatório”. “Provavelmente vai ficar mais grave e em desfavor do parlamentar”, afirmou o especialista.
Ainda de acordo com a análise de Farah, os novos depoimentos prestados à polícia podem demonstrar que o parlamentar agiu para atrapalhar as investigações. “Talvez denote uma certa tentativa de influência por parte do parlamentar. Não temos como saber”, disse o mestre em direito público.
Mudanças nos depoimentos
Até então, três testemunhas mudaram as versões dos depoimentos: a babá Thayná de Oliveira Ferreira, uma funcionária que trabalhava na casa do vereador e uma ex-namorada do mesmo.
Os últimos relatos das duas primeiras mostram que havia a percepção de que Henry estava sendo agredido, enquanto a ex-companheira do parlamentar afirmou que foi agredida por ele.
Além disso, a Polícia Civil do Rio de Janeiro avalia se vai atender ao pedido dos advogados da professora e mãe de Henry, Monique Medeiros, que está presa, de colher dela um novo depoimento.
Henry Borel morreu aos 4 anos no dia 8 de março, no Rio de Janeiro.