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    RJ: mortes por COVID-19 reforçam desigualdade entre bairros da cidade

    De acordo com o levantamento da CNN, 3 em cada 4 mortes acontecem em zonas periféricas

    Rachel Amorim , da CNN no Rio de Janeiro

    O novo coronavírus avança no Rio de Janeiro e reforça a desigualdade histórica entre as zonas da cidade. Levantamento da CNN, com base nos dados compilados pela prefeitura da capital fluminense, mostra que 3 em cada 4 mortes na cidade ocorrem em bairros das Zonas Norte e Oeste. 

    Das 533 mortes ocorridas na cidade, 413 foram em algum bairro dessas duas áreas — locais em que há predominância de bairros menos ricos que na Zona Sul da cidade, onde ocorreram 93 mortes.

    No ranking de bairros com mais mortes, Campo Grande, na Zona Oeste, e Copacabana, na Zona Sul do Rio, aparecem na ponta com 30 óbitos cada. Esses bairros têm especificidades: enquanto Campo Grande é o maior bairro em extensão e em população da capital, Copacabana é conhecido pelo alto número de idosos — cerca de 30% dos moradores de lá tem mais de 60 anos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

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    Na sequência aparecem Bangu e Realengo, ambos na Zona Oeste, com 22 e 19 mortes provocadas pela COVID-19 respectivamente. Já a Barra da Tijuca, primeiro bairro do Rio a registrar caso de novo coronavírus, registrou 17 mortes. Lá estão a maior parte dos casos confirmados na cidade: 301 pessoas estão com COVID-19.

    Zona Norte e Zona Oeste também concentram os casos da COVID-19 na capital fluminense: 62% dos 5.903 casos confirmados. A Zona Sul tem 20% dos casos, e os bairros da região central representam 4% dos casos.

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