Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Defensoria entra com pedido para anular decisão que mantém Enem neste domingo

    Segundo a Defensoria Pública da União, o Inep, órgão responsável pela realização das provas, não teria como garantir o cumprimento dos protocolos sanitários

    Tela de entrada do aplicativo do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem
    Tela de entrada do aplicativo do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil (28.mai.2020)

    Do Estadão Conteúdo

    A Defensoria Pública da União entrou neste sábado (16) com um pedido de anulação da decisão que manteve as datas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), marcado para domingo (17) e dia 24.

    De acordo com a defensoria, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão responsável pela realização das provas, não teria como garantir o cumprimento dos protocolos sanitários criados por eles mesmos e “ainda induziram a Justiça Federal da 3ª Região a erro, prestando informações inverídicas que vieram a subsidiar as decisões de indeferimento dos pedidos de adiamento, em 1ª e 2ª instância”.

    Ainda de acordo com a defensoria, reportagens sobre a realização do Enem trouxeram inúmeros relatos de que a ocupação de muitas das salas será bem superior aos 50% da capacidade, percentual com que o próprio Inep havia se comprometido. “Na maioria desses casos, a ocupação é de cerca de 80%, muito acima de um número prometido. Esperamos que a decisão seja revertida ou fundamentada de outro modo”, disse ao Estadão o defensor João Paulo Dorini.

    Aplicadores do Enem relataram planos de ocupação superior a 30 estudantes nas salas onde a prova será realizada neste domingo (17). Um dos comunicados aos quais o Estadão teve acesso, por exemplo, inclui a previsão de alocar em uma escola 32 candidatos em espaços com capacidade para 40 alunos – redução abaixo do patamar de 50% prometido pelo Inep, órgão do Ministério da Educação (MEC).

    A defensoria vem contestando o cronograma do Enem desde a publicação do seu edital, em março. No início, a contestação foi baseada no argumento de desigualdade educacional e na falta de meios para que a maioria dos alunos pudesse realizar a prova em igualdade de condições.

    Tópicos

    Tópicos