Sobe para 10 o número de mortos no Sul do país após passagem de ‘ciclone bomba’
Corpo de Bombeiros de SC atualizou o número de vítimas em boletim na manhã desta quarta-feira; uma pessoa continua desaparecida na cidade de Brusque
Subiu para dez o número de mortos no Sul do país após a passagem de um “ciclone bomba” com ventos de até 120 km/h na terça-feira (30). A defesa civil emitiu um alerta de que o fenômeno avança sobre o Sudeste nesta quarta (1º).
As chuvas e ventos fortes, causados pela formação do ciclone extratropical (ciclone bomba) derrubaram árvores e fizeram estragos em diversas cidades da região. O fenômeno atingiu mais fortemente o estado de Santa Catarina. Foram atingidos também municípios do Rio Grande do Sul e Paraná.
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As vítimas identificadas, até o momento, são uma idosa de 78 anos na cidade de Chapecó, que foi atingida por uma árvore, um homem em Santo Amaro da Imperatriz, atingido por fios de alta tensão, e outro homem de 59 anos em Ilhota.
A cidade de Tijucas registrou três mortes, ainda não especificadas. Governador Celso Ramos, Itaiópolis e Rio dos Cedros também tiveram uma morte cada. E, em Brusque, há uma pessoa desaparecida.
No Rio Grande do Sul, um homem de 53 anos morreu soterrado em Nova Prata, na região serrana, durante temporal. Vanderlei Oliveira trabalhava em uma construção perto de um barranco quando houve um deslizamento.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, entre a terça e esta quarta-feira (1º) foram atendidas mais de 1,6 mil ocorrências em Santa Catarina relacionada ao fenômeno.
“Os trabalhos seguem em todas as regiões do estado, lembrando que seguimos com restrições no telefone 193, mas a população pode tentar [contato] pelo telefone fixo, ou os celulares de plantão. Pedimos para que os cidadãos mantenham a calma neste momento e fiquem em locais seguros”, informou a corporação, em nota.
O que é um ciclone bomba?
De acordo com o meteorologista da Climatempo André Madeira, o ciclone extratropical recebe esse apelido por causar uma queda de pressão em curto espaço de tempo.
Esse fenômeno pode causar ventos intensos e agitação marítima. No entanto, Madeira diz que a ocorrência é “relativamente comum” para essa época do ano.
“São relativamente comuns nesta época do ano, e ocorrem aqui, no litoral do país, na região Sul, principalmente entre maio e setembro. São áreas de baixa pressão que, geralmente, se formam associados à uma frente fria. Também há a possibilidade de neve na Serra Gaúcha na quinta-feira (2)”, disse.
Alerta
Os efeitos do ciclone bomba poderão atingir outros estados além da região sul do país, informou a Marinha nesta terça-feira (30).
De acordo com o comunicado, ventos de até 88 km/h podem chegar à faixa litorânea entre os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, ao sul de Arraial do Cabo, até a noite desta quarta (1º).
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Também há chance de ondas de três a quatro metros de altura em alto mar entre o Rio de Janeiro e a Bahia, ao sul de Caravelas, entre quarta e a manhã da sexta-feira (3).
O órgão também alerta que a aproximação de uma frente fria poderá provocar rajadas de vento de até 74 km/h na faixa ao norte de Arraial do Cabo até o sul de Guarapari, no Espírito Santo.
A Marinha pede aos navegantes que consultem o portal do Centro de Hidrografia antes de irem ao mar.
(Com informações de Anna Satie, da CNN em São Paulo, e Bruna Ostermann, da CNN, em Porto Alegre)