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    Autor desiste de projeto que mudaria nome do Maracanã

    Presidente da Alerj, o deputado André Ceciliano (PT) anunciou decisão nesta terça-feira (6), no Colégio de Líderes

    Stéfano Salles, da CNN, no Rio de Janeiro

    Presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e autor do projeto aprovado pela casa, que pretendia mudar o nome do Maracanã, de Estádio Jornalista Mário Filho, para Edson Arantes do Nascimento – Rei Pelé, o deputado André Ceciliano (PT) desistiu da iniciativa.

    A informação foi comunicada nesta terça-feira (6) aos demais parlamentares, em reunião do Colégio de Líderes. 

    Com isso, Ceciliano enviará pedido de desistência ao governador interino Cláudio Castro (PSC), que ainda está no prazo de 15 dias úteis para manifestação. O projeto tinha sido aprovado em votação simbólica da casa no dia nove de março.

    Na ocasião, apenas a bancada do PSOL registrou voto contrário. Pela proposta, Jornalista Mário Filho passaria a ser nome de todo o complexo esportivo, que engloba, além do estádio sede de duas finais de Copa do Mundo (1950 e 2014), o Parque Aquático Júlio Delamare, o Ginásio Gilberto Cardoso e o Estádio de Atletismo Célio de Barros. 

    A proposta foi criticada por familiares de Mário Filho, um dos principais nomes da história da imprensa esportiva do país e criador de diversos ícones do Rio de Janeiro, como o antigo “Jornal dos Sports” e o desfile das escolas de samba no carnaval carioca.

    Mário Filho foi um dos maiores incentivadores para a construção do estádio e, nas páginas cor-de-rosa de seu jornal, inspirado na italiana “Gazzetta dello Sport”, defendeu que o Maracanã fosse erguido no local onde a obra ocorreu. Na ocasião, uma corrente defendia a construção de um equipamento esportivo menor, para 60 mil pessoas, em Jacarepaguá, na zona oeste da capital fluminense.

    Entrada do Maracanã, no Rio de Janeiro
    Entrada do Maracanã, no Rio de Janeiro
    Foto: Jairo Nascimento, da CNN

    O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ) já tinha recomendado ao governador interino Cláudio Castro que vetasse o projeto. A justificativa era que ele violava a identidade cultural carioca. 

    De acordo com Ceciliano, na fundamentação do projeto, a ideia era associar dois símbolos: o maior jogador de todos o tempos, agraciado com uma homenagem em vida, e o estádio mais emblemático de seu país e, para muitos, do mundo.

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