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    O Japão pode adiar a Olimpíada? Entenda

    Ministra responsável pelos Jogos de 2020 afirmou que país tem prerrogativa de mudar data do evento

    O contrato do Japão com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para a realização da Olimpíada de Tóquio de 2020 permite o adiamento do evento até o final do ano, disse a ministra japonesa para o assunto, Seiko Hashimoto, nesta terça-feira (3). O país é um dos que mais sofrem com o surto do novo coronavírus. Até o momento, foram confirmados 974 casos e 12 mortes.

    “O contrato pede que os Jogos sejam realizados em 2020. Isso pode ser interpretado como autorização para um adiamento”, afirmou Hashimoto em resposta a uma pergunta de um parlamentar na sede do Legislativo do Japão.

    A ministra, no entanto, ressaltou que os governos do país e da cidade-sede de Tóquio continuam comprometidos a realizar os Jogos a partir de 24 de julho, como previsto. Ela acrescentou que, de acordo com o contrato, o direito de cancelar o evento é exclusivo do COI.

    O presidente do COI, Thomas Bach, reiterou nesta terça-feira que os preparativos para Jogos em Tóquio, que ele qualificou como “bem-sucedidos”, continuam em andamento.

    O orçamento mais recente é de 1,35 trilhão de ienes (12,51 bilhões de dólares), dos quais o governo japonês gastou 120 bilhões de ienes para construir o Estádio Olímpico e 30 bilhões de ienes para custear a Paralimpíada de 2020, explicou Hashimoto.

    A Comissão de Auditoria do Japão estimou o gasto governamental em 1,06 trilhão de ienes entre as propostas de 2013 e 2018.

    Para conter o coronavírus o governo japonês pediu o fechamento das escolas e incentivou a restrição de eventos que possam atrair grandes multidões, incluindo os esportivos.

    A Associação de Paraesportes do Japão e os organizadores da Olimpíada e da Paralimpíada de Tóquio disseram nesta terça-feira que cancelarão um evento de teste de rúgbi em cadeira de rodas neste mês devido ao surto da doença.

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