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    Naomi Osaka desiste de Roland Garros e relata depressão

    Decisão vem na esteira de boicotar atividades midiáticas pós-jogo; ela já havia dito que as coletivas de imprensa têm um efeito adverso em sua saúde mental

    Julien Pretot, da Reuters, em Paris

     

    A japonesa Naomi Osaka surpreendeu Roland Garros nesta segunda-feira (31) ao anunciar que está desistindo do torneio na esteira de sua decisão de boicotar atividades midiáticas pós-jogo, explicando que sofre de depressão há quase três anos.

    Antes do torneio, Osaka disse que não participaria das coletivas de imprensa obrigatórias, dizendo que a maneira como os jornalistas indagam os tenistas tem um impacto adverso em seu bem-estar mental.

    A vencedora de quatro títulos de Grand Slam cumpriu a ameaça no domingo, quando venceu sua partida de primeira rodada e se ausentou de uma entrevista coletiva.

    Ela foi multada pelo árbitro de Roland Garros em 15 mil dólares, e mais tarde os organizadores do Grand Slam emitiram um comunicado alertando para uma possível expulsão do Aberto da França e de grandes torneios futuros se ela não mudasse de postura.

    Nesta segunda-feira, a segunda melhor do mundo decidiu agir por conta própria para encerrar o impasse.

    “Esta não é uma situação que eu imaginei ou pretendi alguma vez quando postei alguns dias atrás”, disse a tenista de 23 anos no Twitter.

     

    “Acho que agora a melhor coisa para o torneio, as outras tenistas e meu bem-estar é que eu me retire para que todos possam voltar a se concentrar no tênis acontecendo em Paris”.

    “A verdade é que sofri períodos longos de depressão desde o Aberto dos Estados Unidos de 2018, e tenho tido muita dificuldade de lidar com isso”, acrescentou ela.

    Naomi Osaka
    Tenista Naomi Osaka
    Foto: Susan Mullane/USA TODAY Sports via Reuters

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