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    Caboclo apresentará defesa no prazo estabelecido pela Comissão de Ética da CBF

    De acordo com assessoria de Rogério Caboclo, os advogados obtiveram os autos do processo nesta quarta-feira (16)

    Mylena Guedes, da CNN, no Rio de Janeiro*

    O presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, apresentará a defesa no processo de assédio moral e sexual, aberto pela Comissão de Ética da entidade, até o dia 30 deste mês, quando vence o prazo estabelecido.

    A informação foi confirmada pela própria assessoria de imprensa de Caboclo que, em nota enviada à CNN, afirmou que os advogados obtiveram nessa quarta-feira (16) a cópia integral dos autos do processo contra o dirigente.

    Caboclo, afastado do cargo desde o dia 6 deste mês, tem um prazo de 15 dias úteis, contando a partir de 9 de junho, para apresentar sua versão do caso. A denúncia de assédio foi feita há 13 dias à CBF por uma funcionária da confederação. De acordo com a entidade, a comissão é independente e o processo corre em sigilo.

    O presidente afastado será investigado e julgado por duas câmaras diferentes, que fazem parte da comissão. A primeira, Câmara de investigação, é composta por cinco membros e é responsável por apurar indícios, ouvir testemunhas e analisar provas da denúncia. A Câmara de Julgamento analisará o relatório dos integrantes, e aplicará as medidas cabíveis caso decidam pela condenação.

    Enquanto isso, o Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) também investiga o teor das denúncias feitas contra Caboclo, com sigilo nas investigações. De acordo com o órgão, a decisão atende ao pedido dos envolvidos, para preservar a intimidade das pessoas que serão ouvidas no inquérito civil.

    Na tarde dessa segunda-feira (14), o MPT colheu o primeiro depoimento sobre o caso, por videoconferência. O procedimento pretende verificar como é a relação de Rogério Caboclo com funcionários e a alta cúpula da CBF, no ambiente de trabalho. Ex-funcionários também serão intimados a depor como testemunhas.

    Se forem confirmadas as práticas de abuso a trabalhadores e, consequentemente, constatadas irregularidades, o MTP pode propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) à CBF. O acordo judicial seria uma espécie de compromisso para impedir novos casos de assédio sexual, com medidas práticas, como cursos voltados para o tema, por exemplo.

    *Sob supervisão de Helena Vieira

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