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    Público nos estádios: das capitais com clubes na série A, apenas Rio é favorável

    De acordo com o ofício emitido pela pasta da Saúde, o público será limitado à 30% da capacidade a partir de outubro para jogos das Séries A e B

    Carolina Figueiredo, Adalberto Leister Filho e Gabriel Passeri, da CNN São Paulo

    O Ministério da Saúde aprovou, na última terça-feira (22), o retorno parcial do público nos jogos de futebol em todo o país. Apesar do anúncio do órgão federal, apenas a Prefeitura do Rio de Janeiro se mostrou favorável à decisão.

    Segundo levantamento da CNN, as capitais Belo Horizonte e Porto Alegre, além dos estados de São Paulo, Goiás, Bahia e Pernambuco são contra a presença de torcida nos estádios, pelo risco de disseminação do novo coronavírus. Juntos, eles somam 12 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro.

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    De acordo com o ofício emitido pela pasta da Saúde, o público será limitado à 30% da capacidade a partir de outubro para jogos das Séries A e B do Brasileirão e da Copa do Brasil.

    Essa ocupação pode ser aumentada posteriormente à critério do gestor local, de acordo com a variação da curva epidemiológica, a taxa de ocupação de leitos clínicos e leitos de UTI e a capacidade de resposta da rede de atenção à saúde local e regional.

    Ainda segundo o Ministério, os clubes deverão estabelecer protocolos com as autoridades locais como setores de segurança pública, saúde e outros necessários para sua implementação e fiscalização. 

    No dia 18 de setembro, a prefeitura do Rio e a Federação de Futebol do RJ (FFERJ) definiram a volta do Público no estádio do Maracanã a partir de 4 de outubro, na partida entre Flamengo e Athlético-PR. Logo após o anúncio, Andres Sanchez, presidente do Corinthians, se posicionou contrário à medida.

    “O Corinthians só aceita a volta do público aos estádios se todos os times da Série A tiverem a mesma oportunidade, independente do estado ou cidade. Se não forem as mesmas condições pra todos não entraremos em campo”, protestou.

    Em SP, onde a decisão cabe governo estadual, o Centro de Contingência decidiu vetar a volta da torcida aos estádios por conta do alto risco de aglomerações e disseminação do coronavírus dentro e fora de arenas nos dias de jogos. Em consonância, o governador goiano Ronaldo Caiado (DEM) alertou a necessidade de medidas prudentes para “não comprometer a estrutura hospitalar”.

    Segundo a Prefeitura de Porto Alegre, a prioridade do momento é a educação e o retorno das atividades escolares presenciais. Outras medidas ainda são consideradas precipitadas.

    “O Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus entende que ainda é prematuro liberar 30% da capacidade nos estádios, que no caso da Capital, seriam cerca de 15 mil pessoas em cada estádio”.

    Em relação ao governo baiano, a abertura dos estádios requer uma avaliação dos impactos da medida. Já segundo o plano de reabertura do Governo do Pernambuco, a permissão de público nos jogos de futebol só será implementada na fase 10.

    Os municípios com melhores índices epidemiológicos no estado encontram-se na fase 9 de retomada econômica.

    O Governo do Paraná alegou que ainda não recebeu um pedido oficial dos clubes ou entidades esportivas e só se manifestará após análise da solicitação. Da mesma forma, as autoridades do estado Ceará ainda não definiram sobre o tema.

    Em entrevista à CNN, o secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Walter Feldman, disse que a entidade estará ligada aos números da pandemia e poderá repensar a decisão de público nos estádios.

    “Nenhuma medida sobre a presença do público será tomada sem anuência de outras autoridades. A curva da epidemia pode piorar e isso nos fará repensar a possibilidade de retorno. Nenhuma medida que afete o torcedor será tomada.”

     

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