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    Mundial na pandemia: a ‘bolha’ do Palmeiras no Catar e as restrições às torcidas

    Conheça os protocolos especiais adotados no Mundial de Clubes do Catar em meio à pandemia de Covid-19

    Por Diego Freire, , da CNN, em São Paulo

    A festa pelo título da Libertadores ainda durará muito tempo, mas uma frustração tomou os palmeirenses com a classificação para o Mundial de Clubes de 2020, disputado em 2021: por conta da pandemia de Covid-19, na temporada esportiva mais atípica em décadas, a torcida não poderá viajar para o Catar e acompanhar presencialmente alguns dos jogos mais importantes da história do time.

    Sede do torneio, o país do Oriente Médio adotou uma das políticas mais rígidas do mundo para a entrada de estrangeiros durante a pandemia. Assim, a disputa transcorrerá sem torcida vinda do exterior, uma tradição nos Mundiais até então. 

    Porém, as arquibancadas não estarão completamente vazias, com vendas de ingressos para até 30% da capacidade de cada estádio – para torcedores que cumprirem algumas exigências que indiquem não estarem infectados pela Covid-19.

    No caso dos clubes participantes, algumas flexibilizações foram liberadas para viabilizar a logística do torneio de curta duração. Mas nada será “normal”: os atletas, as comissões técnicas e dirigentes terão que circular dentro de “bolhas” e sem contatos com pessoas de fora.

    Entenda, abaixo, as regras do país e o protocolo da competição:

    Turistas vetados

    De forma geral, a permissão de visitas ao Catar é hoje restrita a cidadãos do país e seus familiares, além de estrangeiros de um seleto grupo de nações consideradas “de baixo risco” – entre as quais não está o Brasil -, além de algumas exceções definidas pelo governo local, como maiores de 55 anos de outras nacionalidades ou estrangeiros em “missões especiais”.

    Mesmo cumprindo os requisitos, as regras preveem que todos aqueles autorizados a entrar no país, além de previamente testarem negativo para a Covid-19, devem cumprir uma quarentena de sete dias em um hotel antes de receber a permissão para circular. 

    Essas condições foram impostas, por exemplo, a equipes de imprensa que cobrirão o torneio e não puderam deixar quartos de hotéis antes do prazo previsto. 

    Arquibancadas vazias? Nem tanto

    Se entrar no país vindo de fora é praticamente impossível, assistir a um jogo estando no Catar, o país que será sede da Copa de 2022, já não é uma missão tão difícil.

    O Ministério da Saúde local liberou que fossem colocados à venda ingressos para preencher 30% da capacidade dos estádios – cerca de 12 mil pessoas. 

    Para compras esses ingressos, os fãs serão obrigados a apresentar um resultado negativo do teste Covid-19 feito até 72 horas antes da partida ou mostrar evidências de que não são obrigados a se testar, como prova de que contraíram o vírus após 1º de outubro de 2020 ou de que já receberam duas doses de vacinas.

    As ‘bolhas’ dos clubes

    Treino do Palmeiras na cidade de Doha, no Catar
    Treino do Palmeiras na cidade de Doha, no Catar
    Foto: Divulgação/Palmeiras/César Greco

    No caso das delegações dos clubes participantes, foi montado um esquema mais flexível, que dispensou o período de quarentena e, assim, possibilitou que os atletas passem um tempo menor no país (em meio ao calendário apertado de competições em todo o mundo) e treinem antes das partidas.

    Apesar da abertura de exceções aos atletas e comissões técnicas, também para eles foi montado um protocolo muito diferente dos outros Mundiais já disputados.

    Nesta edição, as delegações dos times podem ter no máximo 55 integrantes e terão de circular em áreas restritas, apelidadas de “bolhas”. Com testes regulares de Covid-19, os jogadores e outros membros dos clubes não estão autorizados a visitar locais fora dos estádios, hotel e centros de treinamentos.

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