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    Trump se despede da Casa Branca, deseja sorte a Biden e condena violência

    Presidente não cita o sucessor e faz discurso de 20 minutos exaltando seu governo e culpando China pela derrocada econômica dos Estados Unidos

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

     

    Em seu último dia como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump publicou na conta oficial da Casa Branca no YouTube seu vídeo de despedida do cargo. Na mensagem, Trump condena a invasão ao Capitólio e deseja boa sorte ao sucessor Joe Biden, sem citá-lo nominalmente.

    “Nesta semana, começa uma nova administração. Eu rezo pelo seu sucesso e para que faça a América segura. Envio os melhores desejos e torço para que tenham sorte, uma palavra muito importante”, diz o presidente na mensagem.

    A invasão à sede do Congresso foi tema já nos primeiros minutos do vídeo. “Todos os americanos estão horrorizados com a invasão ao Capitólio”, afirmou. “Violência política é um ataque em tudo que nós valorizamos como americanos e não deve ser tolerada”, completou.

    “Apesar de temos nossas divergências, somos uma nação de fé decente e cidadãos amantes da paz.”

    Trump falou que, em seus quatro anos, construiu “o maior movimento político da história” e seu governo resultou na “maior economia da história”. Em mais um aceno de que pode se afetar do Partido Republicano e construir um movimento à parte, disse que seu governo “nunca foi sobre direita ou esquerda, sobre ser republicano ou democrata”.

    A mensagem reúne alguns dos principais temas da retória política de Trump, o ‘America First’ (Estados Unidos primeiro, na tradução literal). Trump disse ter endurecido a política externa, principalmente no comércio, enfraquecido a imigração ilegal e fortalecido a indústria do país. 

    Donald Trump

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em vídeo de despedida da Casa Branca – 19 jan. 2021

    Foto: Reprodução/YouTube White House

    “Nós reconstruímos a nossa indústria, abrimos milhares de novas fábricas e trouxemos de volta uma bonita frase: ‘Feito nos Estados Unidos'”, disse o presidente. Trata-se de uma das várias menções à China, alvo principal da retórica diplomática de Trump e para onde o país teria “perdido” empregos.

    Donald Trump culpou a Covid-19, que ele chama de “vírus chinês”, pelas dificuldades econômicas enfrentadas na reta final do seu governo.

    “Fizemos um grande novo acordo com a China, mas antes mesmo que a tinta secasse, nós e todo o mundo fomos atingidos pelo vírus chinês. Nossa relação comercial mudava rapidamente, com bilhões e bilhões de dólares entrando nos Estados Unidos, mas o vírus nos forçou a ir em outra direção”, afirmou.

    O presidente enalteceu a sua atuação em relação à imigração ilegal. Sem mencionar eventos como as famílias separadas pela pandemia, Trump exaltou a construção de quilômetros de um muro na fronteira sul com o México.

    “Nós orgulhosamente deixamos à próxima administração as mais fortes e robustas medidas de segurança de fronteiras já feitas. Isso inclui acordos históricos com México, Guatemala, Honduras e El Salvador, junto com 450 milhas de um poderoso novo muro”, seguiu.

     

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