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    Trump não é obrigado por lei a reconhecer a derrota nas eleições; entenda

    Apesar da tradição, a prática é apenas um costume e não algo exigido pela legislação

    Reconhecer uma eleição como perdida é uma coisa elegante a se fazer e geralmente é visto como uma certa forma de união após uma campanha marcada por divisão.

    Mas o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda não reconheceu a vitória do democrata Joe Biden, projetado como vencedor das eleições no sábado passado (7). E ainda não indicou ter qualquer intenção de fazê-lo.

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    Ainda assim, a prática é um costume e não algo exigido por lei. Normalmente há dois elementos para compõem uma declaração de reconhecimento: uma ligação para o vencedor e um discurso aos apoiadores. 

    Em 2016, a democrata Hillary Clinton fez uma ligação a Trump para reconhecê-lo como vencedor, e discursou aos apoiadores dela após ficar claro que tinha sido derrotada. Vale ressaltar que, apesar disso, este ano ela ligou para Biden e o aconselhou a não ceder se os números de votos dos dois estivessem próximos.

    O republicano John McCain estabeleceu um padrão ao reconhecer gentilmente a derrota perante seus partidários. “Há pouco tempo, tive a honra de ligar para o senador Barack Obama para parabenizá-lo por ter sido eleito o próximo presidente do país que nós dois amamos”, declarou ele em 2008.

    Oito anos antes, o democrata Al Gore ligou para George W. Bush para concedê-lo a vitória nas eleições, mas depois acabou recuando quando os resultados na Flórida ficaram apertados. Al Gore reconheceu a derrota 36 dias depois, após a Suprema Corte encerrar as recontagens e dar a Casa Branca a Bush, e fez um discurso conciliatório à nação.

    A Constituição dos EUA diz que um novo presidente fará o juramento de ofício no dia 20 de janeiro. Isso vai acontecer se Trump perder e reconhecer ou mesmo se tiver que ser retirado do Salão Oval por agentes do Serviço Secreto – apesar de não estar claro como eles agiriam se o republicano se recusar a sair.

    (Com informações de Zachary B. Wolf, da CNN, em Atlanta)

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