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    Campanha de Trump perde processos na Geórgia e em Michigan

    Dois dos processos registrados pela campanha de Donald Trump e pelo partido Republicano no Michigan e na Geórgia contra apuração de votos foram negados

    Luana Franzão*, da CNN, em São Paulo

     

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    Dois processos abertos pela campanha de Donald Trump no Michigan e na Geórgia contra apuração de votos foram negados pela Justiça desses estados nesta quinta-feira (5).

    O tribunal do estado da Geórgia rejeitou o processo apresentado pelos republicanos para impedir “a contagem ilegal de votos recebidos após a eleição” na cidade de Savannah. O partido abriu o processo após um seus fiscal de urnas supostamente ter visto cédulas recebidas pelos correios que ainda não haviam sido processadas misturadas com cédulas que já estavam tabuladas.

    No documento, o partido Republicano e a campanha de Trump afirmam que “o processo de custódia das cédulas não foi seguido corretamente”.

    As cédulas em questão eram poucas em quantidade: uma pilha de três cédulas, e uma segunda pilha de 53 cédulas, de acordo com uma cópia dos registros do processo concedidos pelo partido.

    O juíz James Bass deu a sentença oralmente no tribunal na manhã de quinta-feira (5), e o processo foi arquivado durante a tarde. Com 98% dos votos contabilizados, a apuração na Geórgia segue sem que seja possível projetar uma vitória de qualquer dos candidatos.

    Uma juíza do Michigan também rejeitou um pedido da campanha de Trump que pedia a paralisação imediata da contagem dos votos até que seus representantes tivessem acesso “significativo” à contagem das cédulas. Com 99% dos votos apurados, Biden foi considerado vencedor no estado com 50,6%, contra 47,8% de Trump. Michigan tem 16 delegados no Colégio Eleitoral.

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    A juíza Cynthia Stephens estava cética em audiência virtual na quinta-feira sobre a falta de evidências legais no caso. “O que eu tenho é, no melhor dos casos, a declaração de um boato que insinua uma violação que seria significativa”, disse a juíza Stephens. 

    A advogada que representou o estado do Michigan, Heather Meingast, disse que o caso era irrelevante, pois a contagem já havia acabado. 

    A juíza afirmou que o pedido da campanha de Trump será negado em uma ordem escrita, que não sairá hoje. Tambem disse que não estava convencida do mérito do caso.

    Pressão em outros estados

    Além de Michigan e Geórgia, a campanha de Trump já pediu a revisão da contagem dos votos no estado de Wisconsin — onde a legislação permite a recontagem quando a diferença entre os dois candidatos é menor que um ponto percental. Com 99% das urnas apuradas, Biden foi considerado vencedor com 49,4% dos votos contra 48,8% de Trump.

    Tanto em Michigan quanto em Wisconsin, o resultado da apuração surpreendeu a campanha republicana. Os estados ao norte do país indicavam Trump na frente por uma margem mínima durante a maior parte do processo, que acabou sendo revertida, dando à Biden os votos desses estados.

    Na Pensilvânia, a contagem chegou a ser interrompida até que uma decisão da Corte de apelações da Filadélfia permitiu a presença de um membro da equipe de Trump no centro de apuração de votos. Uma vitória no estado garante 20 votos no Colégio Eleitoral. Com 92% dos votos apurados, Trump lidera a disputa local com 50,2% — contra 48,5% de Biden.

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    O presidente também prometeu que entrará com um processo alegando fraude eleitoral em Nevada, que ainda conta seus votos. Em Las Vegas, aliados de Trump alegaram, sem apresentar evidências, que houve irregularidades na votação no condado de Clark, o maior do estado.

    A diminuição da diferença entre os dois candidatos em estados como Geórgia e Pensilvânia também pressionam o presidente. Com a contagem dos votos enviados pelos correios, a porcentagem para Biden aumentou.

    *Sob supervisão de Leonardo Lellis

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    Publicação de Trump que pede a paralisação da contagem dos votos
    Foto: Reprodução/Twitter