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    Campos Neto diz que não cogitou deixar BC em meio a críticas: “Colocaria autonomia em risco”

    Ainda de acordo com o presidente do BC, o Copom entende que cortes de 0,5 ponto percentual dão ritmo "apropriado" ao ciclo de baixa na Selic

    Danilo Moliternoda CNN

    O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou em entrevista nesta quinta-feira (17) que não cogitou deixar a autarquia em meio às críticas que recebeu devido à manutenção da Selic em patamares elevados.

    Campos Neto disse entender que, caso fizesse este movimento, poderia colocar em risco a autonomia do Banco Central (sancionada em 2021).

    “Não, nunca [cogitei deixar o BC]. Eu sou um de nove votos [do Copom, que define a Selic]. Entendo que devo a todos que fizeram a autonomia, aos parlamentares, aos ministros do STF”, disse em entrevista ao Poder360.

    “Entendi sempre que seu eu fizesse isso colocaria em risco um avanço institucional, que é a autonomia”, completou.

    Campos Neto foi alvo de críticas de membros do governo, inclusive do presidente Lula, durante o primeiro semestre deste, quando o Banco manteve a Selic em 13,75% ao ano.

    O economista defendeu as decisões tomadas pelo Banco durante sua gestão. Ele apontou que as escolhas do Comitê de Política Monetária (Copom) sempre foram “técnicas”. “Acho que a história vai contar a verdade no fim”, disse.

    Corte no juro

    Roberto Campos Neto afirmou ainda que o Copom entende que cortes de 0,5 ponto percentual dão ritmo “apropriado” ao ciclo de baixa na Selic.

    Ainda de acordo com o presidente, a “barra” é alta para que o Comitê mude sua avaliação e altere, seja para baixo ou para cima, este ritmo.

    “O que foi unânime [na última reunião] é que 0,5 é um ritmo apropriado daqui para frente. E a gente entende que a barra é bastante alta seja para aumentar ou diminuir o ritmo”, disse.

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