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    Defesa de Delgatti aciona STF para garantir silêncio na CPMI do 8 de Janeiro

    Hacker foi preso em agosto em apuração sobre invasão de sistemas do Judiciário

    Lucas Mendesda CNN , Brasília

    A defesa do hacker Walter Delgatti Neto acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (16) pedindo que seja concedido a ele o direito ao “silêncio absoluto” durante seu depoimento, na quinta-feira (17), na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre os atos de 8 de janeiro.

    O argumento usado é a possibilidade de “constrangimento ilegal”. A defesa do hacker também pede que ele “não venha a sofrer qualquer ameaça” no depoimento.

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    Os advogados ainda solicitam que seja assegurada a Delgatti a possibilidade de imediata cessação de sua participação no depoimento. “Existem indícios de que o paciente possa ser alvo de constrangimentos durante o seu depoimento, o que poderá acarretar uma confissão de culpa”, diz a defesa.

    Depoimento à PF

    Delgatti presta depoimento na sede da Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (16), sobre a invasão e inserção de dados falsos nos sistemas de tecnologia do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em janeiro deste ano.

    O hacker afirma que a invasão foi feita a pedido da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar nega.

    Delgatti — que ficou conhecido como “hacker da Vaza Jato” após ter acesso a mensagens da Operação Lava Jato — está preso desde o dia 2 de agosto, após uma operação da Polícia Federal (PF). Na mesma ação, também houve o cumprimento de mandados de busca nos endereços de Zambelli.

    Ligação com deputada

    A PF encontrou pagamentos de dois assessores de Zambelli ao hacker Walter Delgatti de forma fracionada.

    “Os pagamentos foram sempre relacionados ao site, para ele fazer melhorias no site, fazer firewall no site e ligar as minhas redes sociais ao site, que ele próprio disse que não conseguiu realizar essa tarefa. Inclusive, deveria ter tido até a devolução [do dinheiro]”, argumentou Zambelli em coletiva na Câmara dos Deputados.

    Um requerimento de convocação de Zambelli para depor na CPMI chegou a ser protocolado, mas não foi votado.

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