Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Entenda como será a reabertura do setor cultural em São Paulo

    Retomada das atividades acontecerá na fase verde do Plano São Paulo

    Profissionais da cultura se preparam para voltar ao trabalho presencial assim que a capital entrar na fase verde do plano São Paulo. Nesta etapa, cinemas, teatros, circos, bibliotecas, museus e galerias poderão reabrir. O setor terá que se adaptar às regras de distanciamento, ocupação, higienização dos ambientes.

    À CNN, o secretário municipal de Cultura de São Paulo, Hugo Possolo explica como será este processo de reabertura do setor na capital paulista. 

    “Temos expectativa de que, na coletiva do próximo dia 9 de setembro, o governador João Doria possa anunciar a entrada da cidade na fase verde. Estamos aguardando os dados que são avaliados diariamente. Passando para esta fase, nós já assinamos os protocolos destes estabelecimentos. Cada local teve um protocolo específico para que realmente eles possam se adaptar e se preparem para quando entrarmos na fase verde”, explica.

    Leia também:

    Setor cultural se reinventa para atrair público na pandemia

    Decreto de Bolsonaro regulamenta ações emergenciais ao setor cultural

    Cidade de São Paulo deve liberar eventos corporativos e acadêmicos

    Sessão de Tenet em cinema de Londres, na inglaterra, na estreia do filme no país
    Sessão de Tenet em cinema de Londres, na inglaterra, na estreia do filme no país
    Foto: Henry Nicholls – 26.ago.2020/ Reuters

    De acordo com o secretário, a reabertura dos estabelecimentos será gradual e apenas os locais fechados deverão ser contemplados na fase verde. Cada local terá um protocolo específico e que a ocupação máxima permitida é de 60%.

    “A ocupação máxima permitida, que é o caso de teatros e circos, por exemplo, é sempre de 60%. Vamos preservar uma poltrona de intervalo entre as pessoas que estiverem juntas. Existe um mapa calculado deste distanciamento e isso, em alguns sistemas de bilheterias mais atuais, é feito de maneira mais ágil. Para aqueles que não têm esse sistema, eles fazem um mapa tradicional desta plateia, que está estimada em 600 pessoas”, detalha.

    “Está tudo detalhado neste protocolo. Inclusive na volta de teatro ou circos, nós estamos estabelecendo um retorno sem ocupação plena de palco, com até três pessoas em cena. Os eventos abertos, eles não estão colocados no protocolo ainda. Os eventos considerados são os fechados com esta limitação máxima, podendo ir até 2 mil, mas no caso de feiras, o que precisa de uma autorização específica da Secretaria de Licenciamento”, completa.

    Possolo explica que funcionários e membros do grupo de maior risco ainda não estão na lista de retorno ao trabalho nestes locais. 

    “Grupos de risco não devem voltar ao trabalho e os funcionários devem estar preparados e orientar o público. Por isso, a prefeitura não está esperando a fase verde para emitir os protocolos. Exatamente para que os funcionários pudessem se preparar, treinar suas equipes e estar à vontade para receber o público em segurança”, afirmou.

    O primeiro a fechar e o último a reabrir, o setor de eventos e cultura também recebeu suporte do poder público. A lei Aldir Blanc visa diminuir os impactos da pandemia do novo coronavírus. No caso de SP, Hugo Possolo explica que a prefeitura já havia realizado editais próprios para liberar algum suporte à categoria.

    “Evidentemente o impacto econômico no setor cultural é muito grande, e a possibilidade de retomada deve ser feita gradativamente. Temos buscado implementar políticas públicas próprias no sentido de fornecer recursos para que estes espaços pudessem sobreviver minimamente durante este período. Na próxima, devemos lançar o nosso projeto da Lei Aldir Blanc, que pretende dar suporte ao setor. O recurso federal chegou semana passada. Demorou, de fato, para o governo federal publicar a sua regulamentação, mas já vamos iniciar este processo”.

    (Edição: Sinara Peixoto)