Revista TIME coloca Anitta e Boulos entre os 100 líderes do mundo para o futuro
Cantora é destacada por seu papel na divulgação mundial do funk brasileiro; político foi lembrado por posição de destaque entre oposicionistas no Brasil
A revista americana TIME divulgou nesta quarta-feira (17) a segunda edição da “TIME100 Next”, versão sobre lideranças para o futuro da tradicional lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, divulgada anualmente pela publicação.
Neste ano, a TIME incluiu duas personalidades brasileiras: a cantora Anitta, relacionada entre os 18 “artistas”, e Guilherme Boulos (PSOL), listado entre os 22 líderes políticos selecionados pela revista.
Na edição anterior, divulgada em 2019, o Brasil teve uma representante entre os 100 relacionados: a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), também relacionada como liderança política.
Assim como na lista tradicional, os textos sobre algumas personalidades são escritos por outras, relacionadas a elas, convidadas pela publicação. O texto sobre Anitta é assinado pelo cantor colombiano J Balvin, com quem a brasileira produziu inúmeras parcerias. Outros, como o que trata de Boulos, são escritos pela redação da TIME.
Sobre Anitta, J Balvin escreveu: “Anitta é uma verdadeira guerreira, que transformou o movimento dela em um impérito. Ela pegou o som do Brasil — o funk, que é como se fosse o nosso reggaeton — e o levou a um outro nível, fazendo esse som ter para todo mundo”.
O texto a respeito de Boulos é assinado por Ciara Nugent, jornalista da TIME. A repórter justifica a escolha da publicação pelo político do PSOL afirmando que a campanha de Boulos a prefeito de São Paulo o tornou um novo líder à esquerda no Brasil e um possível adversário do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022.
Destaques
Os brasileiros não foram, no entanto, destaques das categorias em que estão listados. Em “artistas”, o destaque ficou para Dua Lipa, cantora britânica de 25 anos autora de alguns dos sucessos da música pop nos últimos meses.
Em “fenômenos”, o destaque ficou para Maitreyi Ramakrishnan, atriz de origem indiana que estreou um dos lançamento recentes do streaming Netflix, a série Never Have I Ever (“Eu Nunca”, como divulgado pela plataforma no Brasil).
A líder de destaque é Sanna Marin, que aos 35 anos é primeira-ministra da Finlândia, uma das governantes mais jovens do mundo. Para escrever sobre Sanna, a TIME convidou Erna Solberg, primeira-ministra da Noruega.
Vitoriosos nas disputas pelas duas vagas da Geórgia no Senado, que transformaram o Partido Democrata de Joe Biden em maioria, o jornalista investigativo Jon Ossoff e o reverendo Raphael Warnock foram lembrados na lista. Os dois textos foram escritos por Bernice King, filha de Martin Luther King, histórico ativista pelos direitos dos negros nos EUA.
Entre “ativistas”, o destaque ficou para um esportista: o atacante inglês Marcus Rashford, do Manchester United. O texto sobre Rashford foi escrito por ninguém menos que o piloto Lewis Hamilton, sete vezes campeão da Fórmula 1, que enfatizou a importância do ativismo do atleta contra a fome no Reino Unido.
“Marcus inspirou incontáveis outros a se juntarem a ele nessa missão, cimentando seu status como um modelo de comportamento”, escreveu Hamilton.