Décadas após roubo, armadura do século 16 é devolvida ao Louvre
As peças da armadura, confeccionadas na era renascentista, serão exibidas quando o museu for reaberto
Duas peças da armadura do século 16 foram devolvidas ao museu do Louvre, em Paris, quase 40 anos depois de terem sido roubadas.
O capacete e a armadura corporal da era renascentista foram feitos em Milão, na Itália, e incrustados em ouro e prata, de acordo com comunicado do Louvre na quinta-feira (4).
A baronesa Salomon de Rothschild deu a armadura ao estado francês em 1922. As peças estavam em exibição no Louvre quando foram roubadas durante a noite de 31 de maio a 1° de junho de 1983, segundo o comunicado.
“As circunstâncias do roubo dessas peças, pouco conhecidas do grande público, permaneceram um mistério”, disse o museu.
Ainda conforme o comunicado, o roubo “perturbou profundamente” os funcionários do museu na época, mas a armadura agora foi recuperada graças ao trabalho dos investigadores.
Quando o Louvre for reaberto, a armadura será exibida nas salas Objets d’Art, na ala Richelieu. Ele fechou ao público em outubro do ano passado devido às restrições de bloqueio do novo coronavírus.
Esses roubos são raros, mas não são inéditos.
Uma das obras mais famosas do museu foi roubada há mais de 100 anos.
Antes do século 20, a “Mona Lisa” de Leonardo da Vinci não era especialmente conhecida fora dos círculos artísticos. Mas, em 1911, um ex-funcionário do Louvre roubou o retrato e o escondeu por dois anos.
Desde então, o fascínio público pelo roubo ajudou a consolidar o lugar da pintura na cultura popular.
A “Mona Lisa” é uma das atrações principais do museu mais visitado do mundo.
No ano passado, o Louvre perdeu mais de 90 milhões de euros (R$ 610 milhões) em receita e teve uma queda de 72% no número de visitantes devido à interrupção causada pela pandemia.
No entanto, o museu está aproveitando ao máximo os fechamentos, realizando reformas há muito tempo planejadas.
(Texto traduzido. Cliquei aqui para acessar o original em inglês)