Paulo Gustavo fez o cinema nacional reviver em muitos momentos, diz crítico
Trilogia 'Minha Mãe É uma Peça' levou milhões de pessoas às salas de exibição em todo o país
Fazer cinema no Brasil não é simples. A atividade é cara e a distribuição dos filmes pelo território nacional não é uma tarefa fácil. Essas dificuldades enfrentadas por quem trabalha no setor, que não são as únicas, fazem o sucesso dos filmes de Paulo Gustavo — um das vítimas da Covid-19 –, ainda mais impressionantes.
A opinião é do crítico de cinema Thiago Romariz, que falou com a CNN neste domingo sobre o legado do ator, do qual se destaca, entre outros trabalhos, a trilogia “Minha Mãe É uma Peça”, que arrastou multidões para as salas brasileiras.
“Minha Mãe é uma Peça’ levou mais de 10 milhões de pessoas ao cinema e rivalizou com grandes filmes da Marvel, da Disney e da DC”, diz.
“Pouquíssimos artistas conseguiram atingir esse resultado como Paulo Gustavo. Ele teve a perspicácia de se aproximar de gerações diferentes com uma genialidade em relação à distribuição dos seus conteúdos. A Dona Hermínia e seus outros personagens estavam nas redes sociais nos formatos que as gerações mais jovens também estavam”.
O resultado deixa o nome de Paulo Gustavo marcado no cinema nacional. “Era um cara muito diferenciado e conseguiu em muitos momentos fazer o cinema nacional reviver, em um momento muito difícil para a indústria e distribuição. Muitas pessoas achavam isso impossível. A empatia que ele conseguia criar com todo o público e qualquer geração o faz entrar no hall de grandes comediantes brasileiros, como Chico Anysio”, compara Romariz.