Estudo revela que bebê de Tiranossauro rex tinha tamanho de um cachorro
Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, fizeram uma reconstituição 3D de um bebê tiranossauro a partir de um fragmento do osso da mandíbula
Bebês de tiranossauro rex nasciam com o tamanho de um cão de porte médio e saíam dos ovos com a dentição completa. É o que diz um estudo publicado pela revista Canadian Journal of Earth Sciences.
Os dinossauros do gênero tiranossaurídeos eram animais de grande porte e do topo da cadeia, a espécie T. rex chegando a ter 12 metros de altura e a pesar oito toneladas. Pela sua presença marcante no período cretáceo, muito se pesquisou sobre a vida e formação biológica em sua vida adulta.
Porém, pouco se sabe sobre os primeiros estágios da vida de um tiranossaurídeo. Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, fizeram uma reconstituição 3D de um bebê tiranossauro a partir de um fragmento do osso da mandíbula de um embrião e de uma garra de filhote, encontrados no Canadá e nos Estados Unidos, respectivamente.
As duas espécies analisadas são “primos” do T. rex, sendo estas a Daspletosaurus e o Albertosaurus sarcophagus. As análises permitem estimar que os filhotes ao nascerem, tinham cerca de um metro de comprimento e os ovos do animal tinham 43 cm ao eclodirem.
A partir do estudo feito do pedaço de três centímetros do osso da mandíbula de um embrião, algumas características físicas de dinossauros adultos, como por exemplo o marcante “queixo pronunciado”, foram encontradas no animal que ainda não tinha nascido.
Uma segunda característica dos adultos encontrados nos filhotes, é que esses dinossauros nasciam com a dentição completa, o que sugere que desde jovens caçavam pequenos animais para se alimentar.
Agora, sabendo que esses animais possuíam dentes ao eclodirem, pesquisadores pretendem fazer estudos mais aprofundados do desenvolvimento dos dentes e revelar quanto tempo durava o processo embrionário dentro dos ovos.
A descoberta do tamanho estimado do filhote recém-nascido pode ajudar cientistas a fazerem buscas e pesquisas direcionadas sobre a espécie.
Em entrevista para a CNN World, o autor do estudo, Greg Funston, comentou que “bebês de dinossauros são raros” e os ossos de adultos têm maior durabilidade que ovos ou filhotes, por isso é tão difícil encontrar vestígios de espécies ainda jovens.
Um outro motivo elencado por Funston, é que os dinossauros não costumavam fazer ninhos onde os ovos poderiam ser facilmente enterrados, o que torna a preservação ao longos dos milhões de anos ainda mais rara.