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    Infestação de gafanhotos destrói plantações na Índia e no Paquistão

    Os gafanhotos viajam em enxames com cerca de 50 milhões deles, podem voar 80 km por dia e botam até 1 mil ovos por metro quadrado de terra

    Nuvens imensas de gafanhotos tomaram os céus do norte e centro da Índia nesta semana, afetando as produções agrícolas. Nos dias 24 e 25 de maio, grandes grupos desses insetos foram vistos principalmente nos estados de Uttar Pradesh, Madhya Pradesh e Rajasthan. Na cidade de Mandsaur, no centro do território indiano, autoridades lançaram pesticidas para tentar conter os gafanhotos.  

    Uma das piores pragas para a agricultura, os gafanhotos são conhecidos por destruir plantações e o que virem pela frente em busca de alimentos. Se eles conseguirem se reproduzir de maneira descontrolada e em condições favoráveis, podem devastar árvores e plantações. 

    No Paquistão, muitos agricultores vêm enfrentando o mesmo problema, em um momento em que algodão, cana e arroz são plantados e frutas e vegetais estão prontos para serem colhidos. Para essas pessoas, este é um problema maior do que a pandemia do novo coronavírus. 

    Diversos agricultores paquistaneses estão sofrendo com a pior infestação de gafanhotos na história recente do país, o que já causou prejuízos avaliados em bilhões de dólares e causa temores de escassez de alimentos em longo prazo.

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    Em uma entrevista coletiva em Islamabad na terça-feira (26), o presidente da Autoridade de Gerenciamento de Desastres do Paquistão (NDMA, em inglês), o general Muhammad Afzal, alertou que, além da Covid-19, o país está enfrentando outros dois grandes desastres, os gafanhotos e as inundações, que devem se intensificar em junho.

    Para tentar conter a infestação dos insetos, Afzal afirmou que o governo paquistanês montou um Centro de Controle de Gafanhotos (NLCC, em inglês) que monitora e coordena operações pelo país. Além disso, o Departamento de Agricultura, o de Segurança Alimentar e o Exército do Paquistão participam ativamente das ações contra os gafanhotos nos cerca de 50 distritos do país que já foram afetados.

    A infestação deste ano é uma continuação do surto de 2019 registrado na África, na Península Arábica e no sul da Ásia, e é considerada a pior em décadas. Cientistas afirmam que as mudanças climáticas podem ter influenciado no aumento da presença desses insetos.

    Os gafanhotos viajam em enxames com cerca de 50 milhões deles, podem voar 80 km por dia e botam até 1 mil ovos por metro quadrado de terra. 

    2020, o ano das pragas

    Não são somente a Índia e o Paquistão que vêm sofrendo com pragas. Nos Estados Unidos, no início de maio, foram vistas as primeiras vespas gigantes asiáticas, especificamente no estado de Washington, segundo cientistas. Os apicultores da região relataram dezenas de abelhas mortas com a cabeça arrancada, uma imagem alarmante em um país com uma população de abelhas em rápido declínio.

    Com mais de 5 centímetros de comprimento, as maiores vespas do mundo podem matar seres humanos com seu veneno se picar uma pessoa repetidas vezes. A conclusão é de especialistas da Universidade Estadual de Washington, que apelidaram esses insetos de “vespas assassinas”.

    O mesmo estado norte-americano lida também com a infestação das mariposas ciganas não nativas. As fêmeas da espécie podem botar centenas de ovos, que se tornam lagartas e destroem mais de 500 tipos de árvores e arbustos. 

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