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    Meteoros, meteoritos, asteroides e cometas: entenda as diferenças entre eles

    Em poucas palavras, o mesmo objeto recebe nomes diferentes dependendo do local onde é visto

    Jéssica Otoboni, , da CNN, em São Paulo

    O ano de 2020 vem sendo marcado por chuvas de meteoros e quedas de meteoritos em diversas partes do país. Nessa quarta-feira (30), a cidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, registrou a queda de um meteoro “superluminoso”. Segundo a Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), foi o maior meteoro já registrado no estado desde 2016. Mas qual a diferença entre esses fenômenos?

    De acordo com a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (Nasa), todos eles estão relacionados a flashes de luz chamados de estrelas cadentes. Em poucas palavras, o mesmo objeto recebe nomes diferentes dependendo do local onde é visto.

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    Asteroides

    São restos rochosos e sem ar oriundos da formação de Sistema Solar. Eles orbitam o Sol e são menores do que planetas, mas maiores do que meteoroides. O tamanho dos asteroides pode variar de 10 metros a 530 quilômetros de diâmetro, e geralmente têm um formato irregular.

    A maioria é encontrada na região entre Marte e Júpiter, mas eles também podem ser localizados em outras áreas em volta do Sistema Solar (onde estão o Sol e os corpos celestes). Atualmente, existem mais de 995 mil asteroides conhecidos.

    Asteroide Vesta, um dos maiores registrados até hoje
    Asteroide Vesta, um dos maiores registrados até hoje
    Foto: JPL-Caltech / UCLA / MPS / DLR / IDA / Nasa

    Meteoroides

    Quando corpos maiores se chocam – como asteroides e cometas –, algumas partes deles se quebram e dão origem a meteoroides. São rochas espaciais que variam de tamanho, podendo ser grãos de poeira ou pequenos asteroides. Os objetos são classificados como meteoroides somente quando estão no espaço (área não ocupada por corpos celestes). Alguns deles são rochosos, outros são metálicos e outros são uma combinação dos dois.

    Meteoros

    Quando os meteoroides entram na atmosfera da Terra ou de outro planeta com muita velocidade e alta temperatura, se tornam meteoros. São vistos como flashes de luz no céu. Às vezes os meteoros são mais luminosos que Vênus e ganham o nome de “bolas de fogo”. Em razão do rastro de luz que deixam no caminho, muitas vezes eles são confundidos com cometas.

    Meteoro é registrado em Cabrobó, no Pernambuco
    Meteoro é registrado em Cabrobó, no Pernambuco
    Foto: Atel Telecom / Clima Ao Vivo

    Cometas

    Assim como os asteroides, os cometas orbitam o Sol. A diferença é que estes são feitos de gelo e poeira, e não rochosos. Conforme o cometa se aproxima do Sol, o gelo e a poeira começam a vaporizar (saem do estado líquido para o gasoso). O gelo e a poeira vaporizados se tornam a cauda do cometa. É possível vê-los mesmo quando estão muito distantes da Terra. Atualmente, há 3.679 cometas conhecidos pela Nasa.

    Fotógrafo registra cometa Neowise em MG; fenômeno poderá ser visto em RS e SC
    Fotógrafo registra cometa Neowise em Minas Gerais
    Foto: Reprodução – 24.jul.2020 / CNN

    Meteoritos

    Quando meteoros sobrevivem à viagem pela atmosfera e caem na Terra, se tornam meteoritos. Eles parecem pedras, mas têm um exterior “queimado” que às vezes parece brilhar. 

    Há três tipos de meteoritos: ferrosos, rochosos e rochosos-ferrosos. A maioria dos que caem na Terra são rochosos, mas grande parte dos que são encontrados muito tempo após caírem são ferrosos. Estes são mais pesados e mais fáceis de distinguir de rochas terrestres do que meteoritos rochosos. 

    Segundo a Nasa, mais de 50 mil meteoritos já foram encontrados na Terra, e 99,8% deles são oriundos de asteroides. Os 0,2% restantes são divididos igualmente entre meteoritos de Marte e da Lua.

    Meteorito de Marte chamado "Black Beauty" pesa 320 gramas
    Meteorito de Marte chamado “Black Beauty” pesa 320 gramas
    Foto: Divulgação – 03.jan.2013 / Nasa

    Chuva de meteoros

    Estima-se que cerca de 48,5 toneladas de material meteorítico caem na Terra todos os dias. A maior parte é vaporizada na atmosfera, deixando um rastro de luz chamado de estrela cadente (apesar de não serem estrelas). Em qualquer noite é possível observar a queda de vários meteoros por hora. Mas algumas vezes essa quantidade é muito maior, originando o evento conhecido como chuvas de meteoros.

    Meteoro Delta Aquárida capturado nas Ilhas Canárias
    Meteoro Delta Aquárida capturado nas Ilhas Canárias
    Foto: Juan Fco. Marrero – 31.jul.2019 / Flickr – CCommons

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