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    Só dá Covid-19 na lista de palavras e frases clichês ‘banidas’ para 2021

    Lista produzida há mais de 30 anos quer eliminar chavões como "se reinventar", "estamos no mesmo barco" e "sem precedentes" dos diálogos cotidianos

    Representação gráfica de homem durante apresentação
    Representação gráfica de homem durante apresentação Foto: Imagem de mohamed Hassan por Pixabay

    Travis Caldwell, da CNN

    Você, sem dúvida, viu e ouviu as frases na televisão desde o início da pandemia.

    “Vivemos em tempos sem precedentes”. “Nestes tempos difíceis e desafiadores”. “Por excesso de cautela”. “Estamos no mesmo barco” ou “Estamos todos juntos”.

    De acordo com uma universidade dos Estados Unidos, já deu de ouvir essas frases.

    Em sua revisão anual, a Universidade Lake Superior State, em Sault Ste. Marie, Michigan, lançou a edição 2021 das dez palavras e frases mais usadas ao ponto de se tornarem insinceras, inúteis ou clichês. E todas giram em torno da Covid-19.

    “Não deve surpreender ninguém que a lista deste ano foi dominada por palavras e termos relacionados à Covid-19”, disse Peter Szatmary, diretor executivo de marketing e comunicações da LSSU, em seu comunicado.

    Mais de 1.450 frases foram indicadas de todo o mundo para consideração, disse LSSU, e sete das 10 frases que a universidade selecionou para o chamado “banimento” neste ano são sobre o coronavírus. Elas incluem

    “Covid-19”, “distanciamento social”, “estamos no mesmo barco”, “pivotar” (ou “se reinventar”), “sem precedentes” e qualquer variação de “por excesso de cautela” e “nestes tempos incertos”.

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    A universidade compila sua “Lista de palavras banidas do inglês da rainha por uso impróprio, uso excessivo e inutilidade geral” anual desde o dia de Ano Novo de 1976. A lista busca “defender, proteger e apoiar a excelência na linguagem”, encorajando a evitar palavras e termos que foram usados ao ponto de serem “ineficazes, desconcertantes ou irritantes”.

    “A lista de palavras banidas da LSSU reflete os sinais dos tempos desde que estreou em meados da década de 1970, e o espírito deste ano é: estamos todos no mesmo barco, banindo expressões como ‘estamos todos no mesmo barco”.

    “Só para confirmar: a Covid-19 não tem precedentes em causar estragos e destruir vidas. Mas também o é o uso de ‘sem precedentes’ para enquadrar as coisas, por isso ele tem de estar na lista também”, continuou Szatmary.

    Pessoas chamadas Karen podem gostar de saber que o termo “Karen” está na lista.

    Como afirma a universidade, “O que começou como uma crítica antirracista do comportamento das mulheres brancas em resposta aos não brancos se tornou um termo misógino para criticar o comportamento excessivamente emocional das mulheres”.

    A LSSU também pediu o fim do uso de “sus”, a forma abreviada de “suspeito” que é onipresente no joguinho “Among Us”, um dos grandes sucessos de 2020. As pessoas que votaram no termo acharam muito preguiçoso não usar a palavra inteira e acham que o “sus” deveria ser limitado apenas ao jogo online.

    “De uma forma modesta, talvez esta lista ajude a ‘achatar a curva’, expressão que também estava sendo considerada para banimento”, contou o presidente da LSSU, doutor Rodney S. Hanley. “Confiamos que o seu ‘novo normal’ – outro candidato entre as indicações – para o próximo ano não inclua mais esse termo.

    A frase “Eu sei, né?” completou a lista. Os eleitores das expressões e palavras acham que ela é absurda por fazer uma pergunta da qual já se sabe a resposta e, portanto, soa como insegura.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).