Novo PAC tem conclusão de refinaria, novos poços na Margem Equatorial, Luz para Todos e incógnita sobre Angra 3
São 165 projetos ligados ao Ministério de Minas e Energia; ao todo, a pasta capitanear investimentos públicos e privados da ordem de R$ 600 bilhões
O Novo PAC, plano de investimentos em infraestrutura que o governo está lançando nesta sexta-feira (11), tem 165 projetos ligados ao Ministério de Minas e Energia. Ao todo, a pasta do ministro Alexandre Silveira vai capitanear investimentos públicos e privados da ordem de R$ 600 bilhões, segundo números obtidos pela CNN.
O Luz para Todos, programa de universalização dos serviços de energia elétrica, prevê R$ 4 bilhões em 11 estados das regiões Norte e Nordeste.
A geração de energia limpa engloba um conjunto de usinas eólicas de 5.308 megawatts (MW) e parques fotovoltaicos com 8.569 MW de capacidade total. Também serão mais de 28 mil quilômetros em novas linhas de transmissão.
A usina nuclear de Angra 3, no entanto, está com uma grande indefinição. A obra foi retomada em 2009, mas esteve no centro da Operação Lava-Jato e foi paralisada. Agora, em cálculos extraoficiais, precisaria de até R$ 20 bilhões para ser concluídos.
No Novo PAC, o governo não incluiu o término Angra 3 entre os projetos elencados. O Palácio do Planalto compromete-se apenas a fazer estudos técnicos e econômicos para verificar a viabilidade da conclusão.
Entre os projetos da Petrobras, que também estão sob o guarda-chuva do Ministério de Minas e Energia, está a perfuração de três poços exploratórios na Margem Equatorial — região que compreende cinco bacias marítimas, incluindo a Foz do Amazonas, onde o Ibama negou recentemente uma licença para pesquisas da estatal.
A Petrobras prevê ainda a conclusão da refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, pivô de escândalos de corrupção em meados da década passada e um dos principais alvos da Lava-Jato.