Poder Eleitoral do Equador repudia assassinato de candidato à Presidência
Conselho Nacional Eleitoral (CNE) afirmou ainda que os atos de violência que o país vive maculam o desenvolvimento do pleito e da democracia
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador repudiou o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio, na capital Quito, nesta quarta-feira (9).
Em publicação nas redes sociais, o órgão eleitoral disse que os atos de violência que o país vive afetam o pleito e a democracia.
“O Conselho Nacional Eleitoral repudia os atos de violência que o país vive, que maculam o desenvolvimento das eleições e a democracia, e manifesta pesar pelo falecimento do candidato presidencial. Paz em seu túmulo”, escreveu o CNE na rede X, antigo Twitter.
O CNE é o órgão dirigente do Poder Eleitoral no país, sendo responsável pela transparência dos processos eleitorais e referendos. No Brasil, seria equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela responsabilidade em garantir eleições limpas e democráticas.
Em uma imagem publicada em conjunto, o órgão expressou seu lamento aos familiares e amigos da vítima. O perfil oficial na rede alterou a foto principal, trocando as cores do país pelo preto e branco, acompanhado de uma fita preta que representa o luto.
Assassinato
Villavicencio deixava um comício político realizado no Anderson College, em Quito, quando, já dentro do carro, foi baleado várias vezes.
El Consejo Nacional Electoral 🇪🇨 rechaza los actos de violencia que vive el país, que empañan el desarrollo de los comicios y la democracia, y extiende sus sentimientos de pesar ante la muerte del candidato presidencial @VillaFernando_
Paz en su tumba 🕊️ pic.twitter.com/2j3yqz4vS2
— cnegobec (@cnegobec) August 10, 2023
Villavicencio, do El Movimiento Construye, era um dos principais candidatos à Presidência do Equador. Nas pesquisas de opinião, ele oscilava entre a segunda e a quinta colocação.
As avaliações de tendências eleitorais do país são deficientes em comparação a de outros países da América do Sul, como Argentina, Uruguai e Brasil, que possuem institutos com maiores índices de acerto.
Em junho, segundo o Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag), Villavicencio estava em quarto lugar, com 8% das intenções de voto, atrás de Luisa González, do partido Revolução Cidadã (30%); Otto Sonnenholzner, da aliança “Vamos Agir” (13%); e Yaku Pérez, da coligação “Claro que é possível” (11%).
Em 20 de julho, a Cedatos, empresa de pesquisa aprovada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, apontou que Villavicencio estava em segundo, com 13,2%, atrás apenas de Gonzáles (26,6%) e à frente de Pérez (12,5%) e Sonnenholzner (7,5%).
A eleição presidencial
A eleição presidencial do Equador está marcada para ocorrer em menos de 15 dias, no domingo (20), de forma antecipada.
A antecipação foi feita depois que o presidente Guillermo Lasso decretou a chamada “morte cruzada”, dissolução da Assembleia Nacional, reduzindo o tempo de seu próprio mandato.
Após o assassinato, os principais postulantes à Presidência do Equador se pronunciaram nas redes sociais — alguns informaram a suspensão de suas campanhas. Eles também lamentaram o ocorrido e pediram apuração do crime.
*Com informações de Fábio Mendes, da CNN