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    China e Índia serão as maiores economias em 2075, mas com um quarto da renda dos EUA

    Projeções fazem parte de relatório do banco Goldman Sachs estimando as tendências de crescimento para os principais países nos próximos 50 anos

    Juliana Eliasda CNN , São Paulo

    Nos próximos 50 anos, a China e a Índia, os dois países mais populosos do mundo, terão ultrapassado os Estados Unidos e se tornado as duas maiores economias globais.

    Mesmo assim, continuarão ainda bem mais pobres que os EUA e outros países desenvolvidos, quando considerada a renda média de sua população e não o tamanho total do Produto Interno Bruto (PIB) de cada um.

    As projeções são do Goldman Sachs e fazem parte de um relatório do banco que estimou as tendências de crescimento para as principais economias do mundo até 2075.

    De acordo com as estimativas, o PIB da China, hoje segundo maior do mundo, deve ultrapassar o dos EUA em 2033, enquanto o da Índia deve chegar ao segundo lugar das maiores economias por volta de 2075.

    A Índia, que passou a China e se tornou neste ano o país mais populoso do mundo, ocupa hoje a quinta posição entre as maiores economias do mundo.

    Até 2075, o PIB da China deverá de US$ 57 trilhões, o da Índia de US$ 52 trilhões e, o dos EUA, de US$ 51 trilhões.

    Considerado o PIB per capita, porém, que é uma das medidas do nível de renda dos países, a distância ainda continuará grande: na China, a divisão do PIB por cada pessoa chegará a US$ 55 mil ao ano até 2075. É pouco menos da metade, 40%, dos Estados Unidos, onde a renda média terá alcançado os US$ 132 mil por pessoa.

    Na Índia, esse valor será de US$ 31 mil em 2075, ou pouco mais de um quinto do PIB per capita norte-americana.

    Isto acontece por conta das enormes diferenças de população. Hoje, a Índia e a China têm 1,4 bilhão de pessoas cada, e, os EUA, 333 milhões. Eles são os três países mais populosos do mundo.

    Em 2075, projeta o Goldman Sachs, deverão ter próximo de 1,7 bilhão, 1 bilhão e 400 milhões, respectivamente.

    Top 10 reconfigurado e Brasil para trás

    Indonésia, Nigéria, Paquistão e Egito são os outros países que, até 2075, terão ascendido ao topo e seguirão a China, a Índia e os Estados Unidos na lista das maiores economias.

    Embora eles sejam alguns dos países mais populosos do mundo, nenhum deles figura atualmente sequer entre os 20 países mais ricos.

    O Brasil, de acordo com o Goldman Sachs, deverá se acomodar na sequência, como a oitava maior economia. O PIB per capita é estimado em US$ 41 mil (R$ 200 mil) para 2075. Será um terço do PIB per capita norte-americano.

    Em 2022, segundo o Goldman Sachs, o Brasil ficou na 11ª posição entre as maiores economias do mundo, e, em alguns momentos do começo do século 21, chegou a estar entre a sexta e a oitava posição.

    Para estimar o tamanho do PIB de cada um desses países em um horizonte de tempo tão estendido, o Goldman Sachs leva em consideração fatores como os níveis locais de produtividade e tecnologia, a disponibilidade de jovens e trabalhadores em sua população e, principalmente, as taxas de crescimento da população.

    “Os riscos envolvidos em fazer projeções para um futuro tão distante são substanciais”, escreveu o Goldman Sachs em seu relatório.

    “Vemos esses resultados menos como uma previsão e mais como uma maneira de revelar uma dinâmica global mais ampla e suas implicações”.

    Veja também: Acordos Brasil-Arábia Saudita devem chegar a US$ 3,5 bi

     

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