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    Futuro de Pia Sundhage na Seleção Feminina é incerto após eliminação na Copa do Mundo

    Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, recebe pressão por mudança, mas pretende decidir com calma

    Marcel Rizzoda Itatiaia

    O futuro de Pia Sundhage como técnica da Seleção Brasileira Feminina é incerto. O contrato da sueca vai até o fim de agosto de 2024, que coincide com o término dos Jogos Olímpicos de Paris, mas o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, admitiu a aliados que vai analisar com calma a situação.

    A eliminação precoce na Copa do Mundo não foi bem digerida dentro da confederação e uma mudança no comando da equipe não é descartada.

    A Itatiaia apurou que o presidente recebeu ligações de dirigentes ligados ao futebol feminino incomodados com o desempenho da Seleção — o empate por 0 a 0 com a Jamaica, nesta quarta-feira (2), em Melbourne, na Austrália, fez o time ser eliminado na fase de grupos, o que não ocorria desde 1995.

    Rodrigues ouviu de mais de uma pessoa que o trabalho não é bom. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, o Brasil caiu nas quartas de final para o Canadá, nos pênaltis — as canadenses levariam o ouro.

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    Meta era semifinal

    Em 2022, veio o título da Copa América, mas a expectativa para 2023 era, ao menos, alcançar uma semifinal. O argumento é que, a um ano de Paris, há tempo de que um novo trabalho possa melhorar o desempenho e brigar por medalha. Ednaldo avisou que vai analisar com calma.

    O aumento do investimento na futebol feminino nos últimos anos fez com que diversos agentes passassem a se interessar mais pelos resultados da Seleção Feminina, desde clubes, que por lei são obrigados a investir um bom percentual de suas receitas na modalidade, até patrocinadores. Portanto, há pressão sobre a CBF por boas campanhas.

    Relação do elenco com Pia não é ruim, mas falta empolgação

    Não há relatos, segundo apurou a Itatiaia, de uma relação ruim de Pia com o elenco. Mas não se vê, segundo um dirigente do meio, o grupo 100% empolgado com o trabalho, o que no futebol se acostumou a chamar de “família”, principalmente em torneios curtos como uma Copa do Mundo.

    Antes da Copa, Ednaldo Rodrigues, que esteve todo o tempo perto da delegação na Oceania, disse que não via motivos para mudar o planejamento até Paris 2024. Não se esperava, entretanto, cair na primeira fase em um grupo com a forte França, mas com duas seleções coadjuvantes no cenário mundial, o Panamá e a Jamaica.

    Investimento não vai diminuir, diz CBF

    Na nota divulgada nesta quarta-feira, o presidente disse que não vai diminuir o investimento no futebol feminino, falou que acompanhou o empenho das jogadoras e da comissão técnica, mas que o resultado ficou aquém do esperado. E lembrou que esta Copa trouxe novos patrocinadores à CBF.

    “Já antecipo que este resultado em nada irá mudar o propósito da CBF, na minha gestão, de continuar investindo de forma consistente no futebol feminino como um todo. É com seriedade, trabalho e comprometimento que crescemos. Essa Copa do Mundo despertou o Brasil para o futebol feminino e, junto com o torcedor, vieram novos patrocinadores”, escreveu Ednaldo Rodrigues.

    “Teremos agora um ciclo olímpico pela frente e seguiremos dedicados a avançar. Faremos os investimentos necessários para que o Brasil venha nos Jogos Olímpicos, assim como nas próximas competições, com ainda mais apoio em busca dos melhores resultados”, finalizou.

    Pia cita contrato

    Na coletiva, Pia disse apenas que tem tem contrato válido até agosto de 2024. Ela fez 57 jogos como técnica da Seleção Brasileira, com 34 vitórias, 13 empates e 10 derrotas. São 139 gols marcados e 42 sofridos.

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