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    Em 5 dias, operação após morte de policial em Guarujá soma 16 mortos e 58 presos

    Ação foi iniciada pela Polícia Militar (PM) de São Paulo após a morte do policial militar das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Patrick Bastos Reis

    Carolina FigueiredoLéo Lopesda CNN , em São Paulo

    A operação policial “Escudo” prendeu 58 pessoas desde que foi iniciada na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, há cinco dias, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) paulista, nesta quarta-feira (2).

    A ação também deixou ao menos 16 mortos, de acordo com a última atualização, também divulgada nesta quarta.

    A operação foi iniciada pela Polícia Militar (PM) após a morte do policial militar das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Patrick Bastos Reis.

    A SSP informou que, dos 58 presos, 38 foram em flagrante e outros 20 eram procurados da Justiça. Quatro adolescentes foram apreendidos também por tráfico de drogas.

    “Até esta terça-feira (1º) a polícia apreendeu 400 quilos de entorpecentes e 18 armas, entre pistolas e fuzis”, afirmou a Secretaria.

    Na madrugada desta quarta-feira, a Polícia Civil prendeu o último suspeito de envolvimento na morte de Patrick Bastos Reis.

    Ele é irmão de Erickson David da Silva, apontado como o responsável pelo disparo que matou o agente.

    Segundo as autoridades, além de Erickson, que se entregou no domingo (30), outro homem foi preso na sexta-feira (28), suspeito de participar do crime.

    O advogado de Erickson, Wilton Felix, afirmou à CNN que Erickson David da Silva decidiu se apresentar à polícia após pedido de familiares e que ele se entregou por ter medo de ser morto durante a Operação Escudo.

    O que se sabe sobre o caso

    • Patrick Bastos Reis, de 30 anos, morreu na quinta-feira (27) durante uma operação na Baixada Santista, após ser atingido por um tiro à longa distância;
    • De acordo com a inteligência da polícia, o disparo que matou o soldado Reis foi feito a uma distância entre 50 e 70 metros, do alto de uma comunidade em Guarujá, na Baixada Santista. Os policiais foram atacados quando patrulhavam o bairro Vila Zilda;
    • A morte desencadeou uma grande operação policial no litoral nos últimos dias, depois de a morte do PM da Rota ter causado comoção entre os policiais. Participaram da ação 600 agentes de equipes especializadas das polícias Civil e Militar paulista;
    • No domingo (30), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nas redes sociais que o autor do disparo que matou Reis havia sido capturado na zona sul da capital paulista;
    Mapa mostra a dinâmica das primeiras mortes durante a operação policial no litoral de SP
    Mapa mostra a dinâmica das primeiras mortes durante a operação policial no litoral de SP / Arte/CNN

    Tarcísio nega excesso da polícia

    • Durante a coletiva na segunda-feira (31), Tarcísio negou que tenha havido excessos na operação. “Não houve excesso. Houve uma atuação profissional, que resultou em prisões. E nós vamos continuar com a operação”, disse o governador;

    Ouvidoria vai pedir imagens das câmeras dos PMs

    • Em entrevista à CNN, o ouvidor das polícias de São Paulo, Claudio Aparecido da Silva, disse que moradores da Baixada Santista denunciaram uma abordagem violenta por parte dos policiais que atuaram na operação em Guarujá;
    • Além disso, o ouvidor declarou que irá pedir as imagens das câmeras utilizadas pelos policiais. “Tem violações físicas, psicológicas, invasões de residência sem mandado judicial, policiais encapuzados invadindo residências e uma série de outros aspectos”, acrescentou.

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