Ex-funcionário de creche é acusado de mais de 1.600 crimes de abuso infantil na Austrália
Homem preso em 2022 teria cometido crimes contra 91 crianças ao longo de 15 anos; polícia alega ter encontrado centenas de imagens em seus dispositivos
Um ex-funcionário de creche foi acusado de 1.623 crimes de abuso infantil supostamente cometidos contra 91 crianças na Austrália e em outros lugares ao longo de 15 anos, informou a Polícia Federal Australiana em um comunicado na terça-feira (1º).
O homem de 45 anos da Gold Coast, na costa leste da Austrália, está sob custódia policial desde agosto de 2022, quando foi inicialmente acusado de fazer material de exploração sexual de menor e usar um serviço de transporte para distribuí-lo.
A polícia disse que uma investigação especial descobriu mais material de abuso infantil em dispositivos eletrônicos supostamente pertencentes ao homem, que trabalhou em uma dúzia de creches em Brisbane, Sydney e em um local não especificado no exterior entre 2007 e 2022.
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“Este é um dos casos mais horríveis de suposto abuso infantil que nossos detetives já viram”, disse o comissário assistente Michael Fitzgerald da polícia de New South Wales.
Outras acusações incluem centenas de casos de tratamento indecente de uma criança menor de 16 anos, produção de material de exploração infantil e eventuais posse, produção, distribuição ou obtenção de material de exploração infantil.
A polícia disse que todas as crianças que teriam sido abusadas eram meninas que ainda não haviam atingido a puberdade. A polícia afirmou estar “altamente confiante” de que todas as 87 crianças australianas registradas no suposto material foram identificadas e seus pais informados sobre a investigação.
A Polícia Federal Australiana disse que está trabalhando com autoridades internacionais para ajudar a identificar quatro crianças registradas no suposto material de abuso infantil no exterior.
“Essas alegações são horríveis e confrontadoras, mas elogio todos os investigadores de cada jurisdição em seus esforços incansáveis para garantir que nossa comunidade fique mais segura como resultado da prisão do suposto perpetrador”, disse o comissário adjunto do Serviço de Polícia de Queensland, Col Briggs.
O homem, que ainda não foi nomeado pelas autoridades, enfrentará o Tribunal de Magistrados de Brisbane em 21 de agosto.