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    Limite da liberdade de expressão é a lei, diz secretário à CNN sobre agressão a Moraes

    Augusto de Arruda Botelho, secretário nacional de Justiça defendeu o pacote de leis que prevê punições mais severas para quem ataca autoridades

    Flávio Ismerimda CNN , São Paulo

    As agressões ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ultrapassaram os limites da liberdade de expressão, disse à CNN o secretário nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho.

    “Isso ultrapassa em muito o limite da liberdade de expressão, ela não é um direito absoluto. A liberdade de expressão tem um limite e a lei é esse limite”, declarou Botelho, que integra a equipe do Ministério da Justiça e Segurança Pública, chefiado por Flávio Dino.

    “Eu tenho, como cidadão, que ter garantido o direito de ir às ruas criticar ou defender o governo que eu bem entender. Isso é completamente diferente do direito de agredir, de ameaçar, de incitar a prática do crime”, completou.

    Para Botelho, o conjunto de novas leis para punir mais severamente crimes contra a democracia apresentado pelo governo Lula vem para reparar falhas evidenciadas pelo episódio de 8 de janeiro.

    Segundo o secretário, os atos criminosos cometidos nessa data ainda não eram contemplados pela legislação vigente da forma correta e protegem cargos cruciais para a democracia, como o de ministro do STF.

    “O que nós fizemos foi atualizar, diante dos fatos que nós vimos no dia 8 de janeiro, um texto legal que defende a democracia, não cerceia a liberdade de expressão, não cerceia o direito de crítica. Essa é uma lei que protege a democracia independente de quem esteja no poder. A democracia brasileira está acima de qualquer governo”, disse.

    “Ele defende o agravamento das penas previsto pelo pacote considerando que, neste contexto, os crimes têm como objetivo um abalo à ordem constitucional, um ataque à democracia”, concluiu.

    Com produção de Daniel Rittner

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