Após Fitch elevar nota do Brasil, Fazenda defende agenda de reformas, ajuste fiscal e queda do juro
Agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou de “BB-” para “BB” a nota de crédito do Brasil, com perspectiva em estável
Após a agência de classificação de risco Fitch elevar a nota de crédito do Brasil, o Ministério da Fazenda afirmou, por meio de nota emitida nesta quarta-feira (26), estar comprometida com “a agenda de reformas em curso” e seus impactos.
“A Fazenda reitera seu compromisso com a agenda de reformas em curso, que contribuirá não apenas para o melhor balanço fiscal do governo, mas também levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito, ao mesmo tempo em que assegurará a estabilidade dos preços”, diz o documento.
Segundo a pasta, os fatores citados criam condições para “ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica”.
Dentre a agenda de reformas mencionada, a Fazenda destaca a reforma tributária, que foi aprovada na Câmara dos Deputados e aguarda o retorno dos trabalhos legislativos para ser tramitada no Senado Federal.
A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou de “BB-” para “BB” a nota de crédito do Brasil, com perspectiva em estável.
De acordo com o comunicado da Fitch, a atualização da classificação de risco do Brasil reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado “em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais”.
A nota do Brasil foi rebaixada pela agência de risco em 2018 em meio à crise das contas publicas e pela demora da aprovação da reforma da Previdência na ocasião.
A Fitch projeta crescimento do PIB real em 2,3% em 2023 (antes se esperava 0,7%) e a convergência para um crescimento estrutural de 2,0% ao ano no médio prazo.