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    TCU abre investigação contra presidente do Banco Central

    A corte irá apurar se há irregularidades no plano de passar à iniciativa privada a gestão de parte dos ativos sob administração do banco

    Renata Agostinida CNN , Brasília

    O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma investigação contra o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

    A Corte irá apurar se há irregularidades no plano de passar à iniciativa privada a gestão de parte dos ativos sob administração do banco.

    O ministro Benjamin Zymler foi designado relator do caso. A apuração atende a pedido do subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado.

    Segundo apurou a CNN, o caso deve avançar na corte. De acordo com relatos de integrantes do TCU, há avaliação de que o chefe da autoridade monetária foi “imprudente” ao citar o plano de repassar a terceiros a gestão de ativos.

    Campos Neto falou sobre a possibilidade de terceirizar a administração de recursos financeiros em entrevista à gestora BlackRock.

    Ele não especificou como o processo se daria nem quais ativos seriam repassados. Mas, ao dizer que considerava o plano, ele precipitou nova leva de críticas por parte de governistas e levantou dúvidas sobre a conveniência de tal movimento.

    O Banco Central faz, por exemplo, a gestão das reservas internacionais do Brasil, que é uma espécie de “poupança” do país.

    Além da abertura de investigação, o subprocurador solicitou que o TCU determine, de forma cautelar, que Campos Neto fique impedido de prosseguir com qualquer tratativa para tirar do BC a gestão de ativos, como as reservas internacionais.

    Segundo Lucas Rocha Furtado, é “inadmissível” que uma ação como essa avance.

    “Com reservas internacionais bem administradas, o risco de o país não conseguir honrar seus compromissos financeiros em moeda estrangeira é reduzido, o que afeta a imagem do país aos olhos dos investidores estrangeiros, bem como a possibilidade de o país financiar a dívida pública com emissão de títulos”, diz trecho da representação.

    Procurado, o Banco Central disse que não iria comentar.

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