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    Tony Bennett, lendário cantor norte-americano, morre aos 96 anos

    Artista por trás da canção "I Left My Heart In San Francisco" foi diagnosticado com Alzheimer em 2016

    Da CNNDa Reuters

    O lendário cantor norte-americano Tony Bennett morreu nesta sexta-feira (21) aos 96 anos, de acordo sua assessora de longa data, Sylvia Weiner. Em 2021, sua família revelou que o artista foi diagnosticado com Alzheimer em 2016.

    O cantor é conhecido mundialmente pela canção “I Left My Heart in San Francisco”, lançada em 1962. Ele soma 41 indicações ao Grammy, vencendo 20 prêmios, além de ter recebido Lifetime Achievement Award pelo conjunto da obra.

    Não importa quantos prêmios ele ganhou, ou quantas horas cansativas em turnê ele registrou, ou quantas vezes ele cantou sua música de assinatura, Bennett costumava dizer que nunca havia trabalhado um dia em sua vida – porque adorava se apresentar.

    Em uma carreira que durou oito décadas, Bennett encantou Bob Hope e Frank Sinatra, que o chamou de “melhor cantor da indústria”, e gravou dois álbuns de duetos com Lady Gaga.

    Outros parceiros em seus populares álbuns “Duets” variaram de Paul McCartney e a rainha do soul Aretha Franklin ao astro country Willie Nelson e o vocalista da banda U2, Bono.

    Em 2012, Bennett lançou um álbum em parceria com artistas latino-americanos, que incluiu os brasileiros Roberto Carlos, Ana Carolina e Maria Gadu.

    FOTOS – Última parceria musical de Bennett foi com Lady Gaga

    Carreira

    Depois de servir como soldado de infantaria na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, Bennett cantava sob o nome de Joe Bari quando Bob Hope o flagrou no Greenwich Village de Nova York. O comediante ficou tão impressionado que fez o cantor mudar seu nome para Tony Bennett e o usou como banda de abertura.

    Bennett assinou com a Columbia Records e o resultado foi uma série de sucessos pop como “Because of You”, um cover do padrão country de Hank Williams “Cold, Cold Heart”, “Blue Velvet” e “Rags to Riches”. Legiões de adolescentes gritando lotavam seus shows.

    Bennett foi um dos cantores mais populares da década de 1950 até que a ascensão do rock ‘n’ roll o minou. Com o início dessa era, ele se afastou das canções pop em direção ao jazz, trabalhando com alguns dos principais nomes do gênero e gravando “Basie Swings, Bennett Sings” com a Count Basie Orchestra

    Nessa nova fase, Bennett gravou “I Left My Heart in San Francisco”. À época, alcançou apenas a posição 19 na parada da Billboard, mas se tornou sua música de assinatura.

    “As pessoas me perguntam: ‘Você não se cansa de cantar aquela música sobre São Francisco?'”, disse Bennett em entrevista. “Eu digo: ‘Você se cansa de fazer amor?'”.

    Na década de 1970, a popularidade de Bennett diminuiu e ele ficou sem contrato com gravadora. Ele também lutou contra problemas financeiros e com drogas, incluindo uma grande dívida com o IRS (receita do governo dos EUA). 

    Nessa época, seu filho Danny assume com seu empresário. 

    Na anos 1980, Bennett volta a assinar com a Columbia Records e começa a revitalizar sua carreira. Seu álbum de 1986 “The Art of Excellence” se tornou seu primeiro álbum nas paradas em 14 anos.

    Por meio do marketing de seu filho Danny, ele foi descoberto por um público jovem e aparece em programas como Late Night with David Letterman e Os Simpsons.

    Seu álbum “MTV Unplugged” ganhou o Grammy como álbum do ano em 1995, bem como melhor performance vocal pop tradicional.

    Seus álbuns “Duets” foram sucessos e trouxeram grande apreço entre os ouvintes mais jovens por causa de suas colaborações com estrelas mais novas.

    Em 2021, a família do cantor revelou que ele começou a apresentar sintomas de Alzheimer em 2015 e foi diagnosticado em 2016 com a doença.

    No mesmo ano, Bennett entrou para o Guinness World Records por ser a pessoa mais velha a lançar um álbum, o “Love for Sale”, em parceria com Lady Gaga,

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