Em meio a negociação por ministérios, Alckmin atua para sustentar Márcio França
O cargo de França, à frente do Ministério de Portos e Aeroportos, é cobiçado por políticos do Centrão
Em meio a negociações políticas para a entrada de representantes do PP e do Republicanos no primeiro escalão do governo, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) entrou em campo para sustentar a permanência de Márcio França – que é seu colega de partido – no Ministério de Portos e Aeroportos.
Alckmin tem atuado, em conversas com o entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em defesa da manutenção de França na pasta. O cargo é cobiçado por políticos do Centrão.
Em um dos desenhos cogitados pelo Palácio do Planalto para essa minirreforma, o próprio Alckmin deixaria o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e cederia essa vaga para França.
No entanto, França prefere continuar com Portos e Aeroportos. Ele ganhou o endosso de Alckmin para isso.
França tem dois trunfos para as próximas semanas. Um é o programa “Voa Brasil”, que oferecerá passagens aéreas a R$ 200, previsto para agosto.
Outro é o túnel Santos-Guarujá, no litoral de São Paulo, berço político do ministro. O projeto, orçado preliminarmente em pelo menos R$ 4,5 bilhões, deve entrar no “novo PAC” – o plano de investimentos em infraestrutura que está sendo costurado pelo Planalto.
A ideia do governo Jair Bolsonaro (PL) – e depois abraçada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) – era fazer a obra do túnel como uma contrapartida da empresa vencedora da privatização do Porto de Santos.
Veja ministros do governo Lula
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Anielle Franco, Rui Costa, Fernando Haddad e Simone Tebet. Todos ministros do governo Lula • Montagem CNN
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Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária • Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Jader Filho, ministro das Cidades • Wilton Júnior/Estadão Conteúdo - 03.jan.2023
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Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações • Luara Baggi/MCTI
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Juscelino Filho, ministro das Comunicações • Valter Campanato/Agência Brasil
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Margareth Menezes, ministra da Cultura • Valter Campanato/Agência Brasil
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José Mucio Monteiro, ministro da Defesa • Foto: José Cruz/Agência Brasil
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Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar • Divulgação/Câmara dos Deputados
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Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços • Diogo Zacarias/MF
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Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome • Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Camilo Santana, ministro da Educação • Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Fernando Haddad, ministro da Fazenda • Diogo Zacarias/MF
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Esther Dweck, ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos • Reprodução/ Agência Senado
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Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial • Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Waldez Góes, ministro da Integração e Desenvolvimento Regional • Antonio Cruz/ Agência Brasil
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Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima • 24/03/2023REUTERS/Adriano Machado
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Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia • 06/12/2022REUTERS/Adriano Machado
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Cida Gonçalves, ministra das Mulheres • José Cruz/Agência Brasil
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André de Paula, ministro da Pesca e Aquicultura • Divulgação / Senado
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Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento • FOTO: EDU ANDRADE/Ascom/MPO
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Márcio França, ministro do Empreendedorismo
• Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas • Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo - 10.mai.2023
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Carlos Lupi, ministro da Previdência Social • José Cruz/Agência Brasil
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Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores • Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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Nísia Trindade, ministra da Saúde • Walterson Rosa/MS
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Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego • Agência Brasil/ Valter Campanato
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Renan Filho, ministro dos Transportes • José Cruz/Agência Brasil
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Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República • Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Márcio Macêdo, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República
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Alexandre Padilha, ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais • Valter Campanato/Agência Brasil
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Jorge Messias, Advogado-Geral da União • Valter Campanato/Agência Brasil
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Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil • 05/01/2023 REUTERS/Adriano Machado
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Vinícius Carvalho, ministro-chefe da Controladoria-Geral da União • Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Marcos Amaro, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional • Marcos Corrêa/PR
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Celso Sabino, ministro do Turismo • Câmara dos Deputados
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André Fufuca, ministro do Esporte • Reprodução / CNN Brasil
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Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça • 24/03/2024REUTERS/Ueslei Marcelino
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Silvio Costa Filho, ministro dos Portos e Aeroportos • 23/01/2024 - Divulgação/Ministério de Portos e Aeroportos
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Macaé Evaristo, ministra dos Direitos Humanos • Reprodução/Redes Sociais
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Laércio Portela, ministro da Secom • Reprodução/Marco Zero
O governo Lula desistiu da privatização, mas está fechando um novo desenho para viabilizar a obra. A ideia é usar parte do caixa bilionário da Autoridade Portuária de Santos (APS), estatal vinculada ao ministério de França, e complementar os recursos necessários com o Orçamento Geral da União (OGU). Uma parceria público-privada (PPP) não está descartada.
Ao contrário de pastas como Saúde e Desenvolvimento Social, o Ministério de Portos e Aeroportos não tem fartura de emendas parlamentares para executar e nem tanta capilaridade.
No entanto, o ministério é peça-chave nas indicações para cargos em diretorias-executivas e conselhos das companhias docas, bem como na Infraero e em aeroportos concedidos onde a estatal tem participação acionária de 49% (Guarulhos, Brasília, Viracopos, Galeão e Confins).
Apesar da desconfiança inicial do mercado, França ganhou pontos ao nomear técnicos reconhecidos na área de infraestrutura para os principais postos da pasta. É o caso de Roberto Gusmão (secretário-executivo), Fabrizio Pierdomenico (Portos) e Juliano Noman (Aviação Civil).
França foi vice-governador de São Paulo e assumiu o Palácio dos Bandeirantes, em 2018, quando Alckmin deixou o cargo para disputar as eleições presidenciais.
Depois, ele foi um dos responsáveis pela aproximação do ex-tucano com Lula, que resultou na dobradinha vencedora das eleições em 2022.