Com Atlético-MG, Brasileirão tem oito times com SAFs aprovadas; veja a lista
Sete deles já negociaram a fatia majoritária de suas ações; América-MG ainda busca investidor
Na tarde desta quinta-feira (20), o Conselho Deliberativo do Atlético-MG aprovou a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube. Com isso, a Série A do Campeonato Brasileiro chega a sete times com SAFs negociadas.
Há ainda um oitavo, o América-MG, que aprovou a criação da SAF, mas ainda não a negociou com um investidor — a diretoria está no mercado e ouve propostas, mas avalia com cuidado cada interessado.
Atlético-MG
A votação ocorreu na sede de Lourdes, em Belo Horizonte, e também de forma remota, nesta quinta-feira. A associação terá 25% das ações da SAF. Já investidores serão acionistas majoritários e vão adquirir 75% das cotas por meio da empresa Galo Holding, criada para esta finalidade. O investimento inicial é de R$ 913 milhões.
A maioria dos associados também votou positivamente para transferência de patrimônios do Atlético, como a Cidade do Galo e a Arena MRV, para a SAF.
Para aprovação, eram necessários dois terços do Conselho, o que equivale a 273 votos.
A previsão é que os documentos de criação da SAF sejam confeccionados e assinados em agosto, assim como a aprovação dos órgãos reguladores. O aporte financeiro a ser utilizado para abater dívidas onerosas deve ser realizado entre setembro e outubro deste ano.
Coritiba
No fim de maio, o Conselho Deliberativo do Coritiba aprovou a venda de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube para o fundo de investimentos Treecorp. Com 184 votos favoráveis, dois contra e uma abstenção, o time deu mais um passo para oficializar o negócio.
O investimento previsto gira em torno de R$ 1,3 bilhão ao longo de 10 anos. O valor leva em conta a construção de um novo CT (R$ 100 milhões), a modernização do estádio Couto Pereira (R$ 500 milhões) e a quitação total do endividamento do clube (R$ 270 milhões), além de R$ 450 milhões desembolsados para a operação de futebol.
Bahia
O City Football Group e o Bahia assinaram no começo de maio os documentos que concluem a venda de 90% da SAF do clube brasileiro ao conglomerado.
Na prática, a operação está vigente desde que foi aprovada pelos sócios do Bahia, em dezembro. O Bahia é o 13° clube do mundo controlado pelo grupo.
Além do clube brasileiro, também fazem parte do conglomerado Manchester City-ING, Girona-ESP, Lommel-BEL, Melbourne City-AUS, Montevideo City Torque-URU, Mumbai City-IND, New York City-EUA, Troyes-FRA, Palermo-ITA, Bolivar-BOL, Yokohama Marinos-JAP e Sichuan Jiuniu-CHN.
Vasco
Em novembro de 2022, o clube carioca oficializou a venda de 70% da sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) para a empresa norte-americana 777 Partners. A companhia vai pagar R$ 700 milhões por essa porcentagem do clube em até três anos.
Além disso, a 777 assumiu outros R$ 700 milhões de dívidas do Vasco.
No acordo, também ficou estabelecido que o clube irá transferir seus ativos de futebol e vai ceder o direito de uso do São Januário. Porém, o estádio continuará a ser propriedade do Vasco.
Cruzeiro
Em abril de 2022, o ex-atacante Ronaldo Fenômeno se tornou dono de 90% da Sociedade Anônima do Cruzeiro pelo investimento de R$ 400 milhões.
Intermediado pela XP Investimentos, o acordo entre Ronaldo e Cruzeiro para a intenção de compra de 90% da SAF da Raposa foi anunciado no dia 18 de dezembro de 2021.
Além disso, Ronaldo passou a ser solidário à dívida de R$ 1 bilhão do Cruzeiro, desde então.
Botafogo
Em março de 2022, o Botafogo anunciou a venda de 90% da SAF do clube para a Eagle Football, holding tocada pelo empresário norte-americano John Textor.
No total, serão pelo menos R$ 400 milhões investidos na empresa alvinegra. No mínimo, porque Textor pode aumentar os repasses.
A Eagle Football conta com outros clubes, como Crystal Palace-ING, RWD Molenbeek-BEL e Lyon-FRA.
Cuiabá
Dona da indústria de borracha Drebor, a família Dresch cuida do Cuiabá desde 2009, antes mesmo da lei de clube-empresa ser assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em agosto de 2021. A medida que permitiu a criação das SAFs no futebol brasileiro.
Em dezembro de 2021, o Cuiabá adaptou o projeto, alterou o contrato social, e passou oficialmente a ser a primeira SAF da elite do futebol brasileiro. O valor investido pela família Dresch no clube não foi divulgado.
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(Publicado por Luccas Oliveira)