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    Aliados de Lula não descartam recondução de Augusto Aras como PGR

    Anteriormente, movimento era considerado impossível de acontecer por fontes do Planalto; nomes relevantes do PT podem interferir em decisão

    Da CNN

    Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não descartaram a recondução de Augusto Aras ao cargo de chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR), por mais que a possibilidade do movimento seja considerada difícil atualmente. As informações são de Tainá Falcão, analista de Política da CNN.

    O mandato de Aras acaba em setembro deste ano. Uma eventual recondução aconteceria em outubro.

    A mudança no tom se traduz pelo apoio de nomes relevantes do PT ao atual PGR, como do líder do governo no Senado, Jaques Wagner, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa.

    Assim como Aras, Wagner e Costa são da Bahia. A justificativa para defendê-lo tem como base a atuação do procurador contra a operação Lava Jato, ação que levou Lula à prisão. Em 2021, ele acabou formalmente com a força-tarefa no Paraná.

    Com a aceitação de nomes de dentro do governo, o PGR tem usado as redes sociais para enaltecer o próprio trabalho, citando, por exemplo, o combate à Lava Jato.

    Porém, alguns pontos pesam contra a recondução de Aras, como a associação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e críticas a uma postura leniente em relação ao ex-chefe de Estado, sobretudo em relação à pandemia de Covid-19.

    Segundo apuração da CNN, o presidente Lula não dá muitas dicas a aliados sobre quem deverá ocupar a vaga e, conforme noticiado anteriormente, há a possibilidade de ele não seguir a lista tríplice com sugestões de sucessores enviadas por entidades ligadas à PGR.

    No radar do Planalto, outros nomes favoritos para o cargo são o subprocurador Antônio Carlos Bigonha, crítico da atuação do Ministério Público na Lava Jato; e do subprocurador Paulo Gonet, que é próximo dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Aliados de Lula no PT informaram que o chefe de Estado deve consultar o Supremo sobre cargos na PGR e na Corte.

    *publicado por Tiago Tortella, da CNN

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